No último dia 3, cerca de 95% das atividades da indústria madeireira no Acre foram bloqueadas, deliberado junto ao Sistema do Documento de Origem Florestal (DOF), emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Como tentativa de encontrar uma solução para os produtores rurais que tiveram suas áreas embargadas, as bancadas federal e estadual se reúnem com uma comissão dos atingidos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta segunda-feira (10).
Segundo o presidente interino da Aleac, o deputado Pedro Longo, grande parte dos casos são pequenos desmates, inferiores a 15 hectares que podem ser regularizados de forma amigável, com reposição no sistema agroflorestal, como possibilita o Código Florestal.
“Assim como fizemos em relação ao bloqueio do pátio das madeireiras, vamos colocar nossa equipe jurídica para auxiliar na busca de soluções que respeitem os princípios da razoabilidade e do devido processo, sem apoiar qualquer violência contra nossos produtores, especialmente da agricultura familiar. Hoje estaremos na Aleac ouvindo uma comissão dos atingidos e buscando encaminhamentos, junto com nossa bancada federal, para encontrar soluções o mais rápido possível”, diz.
O Sindicato das Indústrias Madeireiras (Sindusmad) informou que a ordem veio de Brasília e afirma que medida foi tomada sem nenhum aviso prévio e que os prejuízos podem ser incalculáveis para todo o Acre. Outros setores como de cerâmica, construção civil, frigoríficos e panificação, que dependem diretamente da madeira, podem paralisar suas atividades a qualquer momento.
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