26 julho 2024

Acre tem segunda maior alta de mortes violentas do país em 2022, aponta levantamento

Redação Folha do Acre

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O Acre teve a segunda maior alta nas mortes violentas registradas em 2022 entre os estados brasileiros. Os dados fazem parte do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base em informações oficiais dos 26 estados e o Distrito Federal. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (1º).

Ao todo foram contabilizadas 216 mortes violentas no estado acreano no ano passado, levando em consideração feminicídios (quando as vítimas são mortas na condição de mulheres), homicídios dolosos (quando o assassinato é intencional), latrocínios (quando a vítima é assassinada para que o roubo seja concluído) e lesões corporais seguidas de morte. Os dados apontam uma média de 18 assassinatos por mês.

No ano de 2021, o número de mortes violentas no Acre foi de 181. Com isso, houve um aumento de 19% nos casos em um ano. Essa alta só não foi maior que a registrada no estado do Mato Grosso, que foi de 24%.

Ao analisar a quantidade de habitantes do estado no mesmo ano, um total de 906.876 pessoas, o Acre contabilizou 23,8 mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes.

O governo do Acre afirma que a principal causa por trás do aumento de mortes foi o acirramento de confrontos armados entre facções criminosas, que acabou gerando mortes por execução nas disputas de território. Em 2022, por exemplo, dos mais de 190 homicídios dolosos registrados, mais de 80 foram execuções.

Em novembro, após a escalada da violência, o secretário de Segurança e Justiça do Acre, coronel Paulo Cézar, afirmou que as ordens dos confrontos partem de presídios do estado e, também, do país vizinho, Bolívia. “Há um movimento envolvendo lideranças criminosas, crime organizado, principalmente narcotráfico”, afirmou.

Para tentar conter a escalada, o governo diz que trabalha na padronização do sistema prisional, além de ter criado um grupo especial para policiar áreas de fronteira e ter adquirido equipamentos novos para as forças de segurança.

Com informações G1/Ac

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