A missão designou 36 militares da Força Nacional e uma logística com viaturas de combate a incêndio florestal.
Em decorrência dos incêndios florestais que ocorrem no Chile, o governo federal enviou militares da Força Nacional de Segurança Pública para integrar a missão multidisciplinar brasileira de assistência humanitária naquele país. Entre os militares, está a primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBM/AC), Dayanne Andrade, única mulher a compor a equipe.
“A primeiro-tenente está representando o Acre por meio da Força Nacional nessa grande missão. É motivo de muito orgulho e a certificação que o Corpo de Bombeiros do Acre possui profissionais excelentes que prestam serviços à nossa população e ao nosso país”, destacou o comandante-geral do CBM/AC, coronel Charles Santos.
A missão designou 36 militares da Força Nacional e uma logística com viaturas de combate a incêndio florestal: tanques, equipamentos e material de atendimento hospitalar, para atuarem no período de 9 a 26 de fevereiro de 2023.
Os incêndios florestais estão acontecendo no sul do Chile e vitimaram cerca de 24 pessoas, feriram mais de 2 mil e destruíram aproximadamente 270 mil hectares.
Trajetória
Dayanne Andrade da Silva, 40 anos, é bombeira militar há 16 anos, da primeira turma de soldados feminina do CBM/AC em 2007, pioneira novamente na 1ª turma de oficiais da corporação. Enfermeira formada na Universidade Federal do Acre (Ufac), está a serviço no Ministério da Justiça há 1 ano.
Na Força Nacional, a primeiro-tenente chefia uma equipe de 15 militares, todos homens. Os militares podem ser designados para qualquer missão operacional, no país ou no exterior. Operações no exterior possuem critérios de seleção rigorosos, incluindo o domínio de outro idioma, neste caso o espanhol.
“Nessa operação, contribuo com o meu conhecimento na área de assistência à saúde e combate a incêndio florestal. É uma oportunidade ímpar atuar em outro país, conhecer outros formatos de corporação bombeiro militar, em uma realidade diferente, e essas experiências podem trazer inovações para a forma de atuação em nossos estados. E o mais importante, é maravilhoso poder prestar apoio à população do país vizinho”, disse.