Polícia prende acreano no RN que integrava organização criminosa que movimentou mais de R$ 200 milhões

 

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 10, na sede da Polícia Federal, o delegado da PF, André Santos Barboza, declarou que durante a Operação Hard Rock, os agentes prenderam um acreano, de identidade não revelada, no estado do Rio Grande do Norte, que integrava uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 200 milhões de reais oriundos de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Além do acreano, outros três acabaram presos durante a ação integrada das forças de segurança.

Santos elogiou a operação conjunta das forças de segurança e disse que o acreano já havia sido preso no Acre em 2014, durante operação da Polícia Civil, contudo, acabou fugindo para o nordeste do país. “A operação demonstra força. Um dos líderes foi preso no Acre em 2014 e ele se evadiu no palácio da justiça e cresceu no crime e movimentava milhões no tráfico de drogas, incluindo na fronteira entre Bolívia e Paraguai”, comentou.

O delegado de investigação e combate ao crime organizado
da PF, Fares Feghali, contou que quase 100 policiais estão nas ruas para a descapitalização das organizações criminosas. “Só foi possível devido ao conjunto de forças para combater o crime organizado. Para a sociedade o resultado foi satisfatório”, ressaltou.

O delegado da Polícia Civil, Pedro Buzolin, ressaltou que em 2021, através dos elementos colhidos, descobriu-se que o grupo havia movimentado milhões de reais. “O investigado é radicado em Rio Branco e está residindo no nordeste e estava em crescimento no crime”, destacou.

A Operação ainda cumpriu 26 (vinte e seis) mandados judiciais contra Organização Criminosa voltada para a lavagem de capitais decorrente do tráfico de drogas, sendo 4 (quatro) de prisão preventiva e 17 (dezessete) de busca e apreensão, bem como, mandados judiciais de sequestro de imóveis, veículos automotores, avião, bloqueio de valores em contas de 20 investigados e indisponibilidade de investimentos em ações, títulos do tesouro nacional e cédulas de crédito imobiliário.

De acordo com a PF, apesar do grupo ter movimentado centenas de milhões, foi realizado o bloqueio de mais de 40 milhões de reais, para reprimir crimes de tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco.

Início das investigações

O trabalho policial teve início em 2021, e revelou um complexo esquema de lavagem de dinheiro oriundo do comércio de entorpecentes, movimentando centenas de milhões de reais. A operação foi deflagrada em 13(treze) cidades de 08(oito) estados. O nome da operação faz referência ao apelido do principal investigado.

A investigação foi conduzida pela Força-Tarefa de Segurança Pública, composta pela Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e contou com a participação de 86 (oitenta e seis) policiais no cumprimento dos mandados.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cujas penas, se condenados, podem ultrapassar a 33 (trinta e três) anos de prisão.