Imposto de Renda: proposta de correção na tabela é concluída e deve impactar você

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Sem correção desde 2015, tabela de cobrança do tributo acumula defasagem de quase 150%, mas pode ser alterada agora.

A proposta de atualização da tabela do Imposto de Renda, sem reajuste desde 2015, foi concluída pelo Ministério da Fazenda. Se aprovada, a medida deve impactar o sistema tributário e a vida de milhões de contribuintes brasileiros.

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Em oito anos, os valores acumulam defasagem superior a 148%. Isso significa mais gente que ganha pouco está pagando o imposto todos os anos e que mais pessoas precisam desembolsar valores maiores anualmente porque sobem de faixa e são abrangidos por novas alíquotas.

Como o salário mínimo aumenta todos os anos e as faixas da tabela não, hoje todos os contribuintes que ganham 1,5 piso nacional são taxados. Em 2015, quando a última atualização foi feita, o imposto incidia sobre quem recebia até 2,5 salários mínimos, já que o piso na época era de R$ 788.

Proposta de reajuste

A correção da tabela do IR é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem como objetivo elevar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil. “Vamos mudar a lógica, vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, disse na época.

Contudo, segundo fontes do governo, a mudança será feita gradualmente ao longo dos próximos anos. Especula-se que desta vez a isenção será concedida a quem ganha até R$ 2.640, mas a informação não foi confirmada.

Durante reunião do Diretório Nacional do PT, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou apenas que a proposta foi finalizada e será apresentada ao presidente. Ainda não há detalhes sobre valores.

Tabela atual

Atualmente, todos os contribuintes que receberam renda tributável acima de R$ 28.559,70 precisam declarar o Imposto de Renda. Para ficar livre da cobrança neste ano, é preciso ter recebido até R$ 1.903,98 mensalmente em 2022.

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