1 maio 2024

Após eliminação na Copa do Brasil, meia se emociona e desabafa sobre situação do futebol no Acre

Redação

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Luiz Henrique, o Psika, não contém emoção após revés do Humaitá para Coritiba por 3 a 0, nesta quarta, cita dificuldade do jogo e critica poder público pela falta de atenção ao esporte

O meia-atacante Luiz Henrique, o Psika, não conteve a emoção após a eliminação do Humaitá na Copa do Brasil. O Tourão de Porto Acre foi derrotado pelo Coritiba por 3 a 0, nesta quinta-feira (23), no estádio Florestão, em Rio Branco (AC), em confronto da primeira fase. O jogador entrou aos 15 minutos do segundo tempo no lugar do meia-atacante Felipinho.

Logo após o apito final, Psika falou sobre a dificuldade do confronto contra o Coxa e embargou a voz após se emocionar ao falar sobre a importância que era uma classificação para segunda fase do torneio.

– A gente sabia que a gente tava jogando contra um time de Série A e não podia errar, e agente errou ali no início, mas é como a gente sabe. É uma diferença muito grande, a gente em nenhum momento deixou de lutar, deixou de jogar, as vezes a gente acaba se emocionando um pouco porque aqui é a oportunidade da nossa vida, tanto financeiramente, pra nossas famílias, como para o clube, mas é levantar a cabeça, tem a sequência da temporada e, se Deus quiser, a gente poder dar alegria tanto para o torcedor do Acre como para torcida do Humaitá – disse.

Ao ser questionado sobre motivo do apelido Psika, o jogador aproveitou a oportunidade para fazer um desabafo sobre a situação do futebol no Acre e chamou a atenção do poder público. O estádio Florestão é a única praça esportiva no Acre apta a receber jogos oficiais, já que a Arena da Floresta, que é administrada pelo governo, está interditada pela Justiça.

– A gente respeita o nome, Psika é desde pequeno, mas é isso a gente luta contra tudo e contra todos, vocês viram a dificuldade do campo, enaltecer a Federação de Futebol do Acre, o presidente Antônio Aquino Lopes, que querendo ou não, se não tivesse esse campo nós ia jogar aonde? O estado não ajuda em nada, quando é política todo mundo aparece “ah, eu sou o candidato do esporte, eu sou o candidato disso” e hoje estamos vendo aqui. Se não tivesse esse campo, a gente ia jogar onde? Poder público, governador, escuta governador, nós estamos em rede nacional. Olha para o futebol. Político, olha para o futebol do Acre, nós somos atletas, somos pai de família também p*#@ – desabafa.

Apesar da eliminação precoce na competição nacional, o meia-atacante demonstrou otimismo em relação a sequência da temporada. O Humaitá tem no calendário a Copa Verde, Campeonato Acreano e Brasileiro da Série D.

– Dá sim (de esperar melhores resultados no ano). A gente jogou contra um time gigante do futebol brasileiro, vocês viram aí. Teve um momento que a gente conseguiu equilibrar o jogo, o gol no início do jogo acaba com qualquer equipe e tem muita coisa para acontecer no ano do Humaitá. Se Deus quiser, nós vamos dar muita felicidade para torcida – finaliza.

Globo Esporte

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