Segundo Eliane Abreu (PP), agressão verbal ocorreu durante sessão extraordinária da Câmara Municipal do Bujari. De acordo com ela, é a segunda vez que o vereador José Gilvan (PCdoB) a ofende em plenário.
A vereadora Eliane Abreu (PP), do município de Bujari, no interior do Acre, denunciou que foi alvo de ofensas e ameaças por parte do vereador Gilvan Souza (PCdoB), na última sexta-feira (27), na Câmara de Vereadores da cidade.
O g1 tentou contato com o vereador e com o presidente da Câmara do Bujari, mas ainda não obteve resposta.
A parlamentar afirma que, durante a discussão de um projeto que retiraria o pagamento de gratificação a servidores municipais, ao qual ela era contrária, Gilvan Souza teria iniciado as ofensas. Os vereadores estão em recesso parlamentar, mas foram convocados para uma sessão extraordinária que votaria o projeto encaminhado pela prefeitura.
“Como estamos em recesso, só podemos ser convocados em caso de matérias de interesse público e esse projeto tiraria direitos dos servidores, que é o anuênio, e eu sou contra. Eu argumentei que essa votação era de interesse apenas da prefeitura e esse processo tinha vários pontos incorretos. Parte dos vereadores concordaram, a assessoria jurídica também, e o presidente resolveu não dar continuidade. Nesse momento, ele [Gilvan Souza] ficou muito irritado e passou a me agredir, levantou calúnias. Citou palavras que eu nunca tinha falado, tentou jogar outros vereadores contra mim”, alega.
Com o início das ofensas, a parlamentar tentou contra-argumentar e a discussão seguiu até o momento que Gilvan Souza partiu para agressão física. “Eu tentei com argumentos técnicos, mas não adiantou, ele dava socos na mesa. Depois de muitos socos na mesa, palavras de baixo calão e intimidação, ele partiu pra agressão e disse: ‘eu vou te quebrar’, relata a vereadora.
Segundo Eliane Abreu, o parlamentar apresentava sinais de embriaguez e só não conseguiu efetuar as agressões físicas porque foi contido por outro colega. A vereadora afirma agora que irá fazer um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher (Deam) de Rio Branco nesta segunda-feira (30).
O Movimento Mulher Progressista, do partido da vereadora, divulgou uma nota de repúdio às agressões e disse ser “inadmissível que um homem use de ameaças e agressões às mulheres para impor autoridade ou expressar descontentamento por motivo de qualquer natureza”.
Com informações G1