Metade dos acreanos dependem dos repasses do Auxílio Brasil. Os dados são da secretaria de Ação Social do Estado, No Acre, são 417 mil pessoas que vivem do benefício. É como se juntassem os moradores de Rio Branco e Tarauacá e todos vivessem a partir desse repasse.
Em municípios como Porto Acre e Marechal Thaumaturgo 90% das famílias recebem o auxílio Brasil. Assis Brasil, Capixaba, Manoel Urbano, Senador Guiomard, Rodrigues Alves e Tarauacá estão entre 82% e 87% dos moradores que têm como única renda o benefício do governo federal.
Para a coordenadora do cadastro Único da Secretaria de Ação Social, Lidiane Moreno, se essas pessoas ficarem sem esse dinheiro, passarão fome.
O governo Lula voltou ao nome bolsa família para o benefício, e pretende pagar mais R$ 150 por cada criança, exigindo comprovante de vacinação e acompanhamento escolar. Herda, ainda, uma lista de espera para o auxílio de quase seis mil famílias no Acre, metade delas só em Rio Branco.
No Acre 545 mil pessoas estão na linha de pobreza ou extrema pobreza. Esse é o número de inscritos no Cadúnico.
O dinheiro da auxílio Brasil é tão importante para a economia local que o repasse de dezembro, por exemplo, de R$ 83 milhões, representou R$ 10 milhões a mais que o repasse total do Fundo de Participação dos 22 Municípios.
O auxílio Brasil além de alimentar milhares de famílias é responsável pela movimentação de dinheiro no comércio local, em especial o interior do estado.
A Tribuna