Os presidentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), duas autarquias do Governo Federal que cuidam da fiscalização e da aplicação da lei em relação à política ambiental do país e que por isso se relacionam diretamente com a Amazônia, serão conhecidos ainda esta a semana.
Os dois devem de nomeados assim que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, retornar de Davos, na Suíça, onde participa como representante do governo brasileiro do Fórum Econômico Global. A nomeação dos dirigentes nacionais dos dois órgãos têm implicação nos estados, onde tanto o Ibama como o ICMBio têm superintendências e representações locais e são, portanto, cargos federais muito ambicionados por ambientalistas regionais.
Para o Ibama, de acordo com interlocutores da ministra, Marina Silva já teria batido o martela em relação ao deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP), que não conseguiu se reeleger e cujo mandato acaba dia 31 de janeiro. Já para o ICMBio, a ministra, de acordo com os mesmos interlocutores, estaria propensa em retomar o método de nomear o presidente a partir de uma lista tríplice enviada por servidores, método abandonado por Jair Bolsonaro no início de sua gestão. Para o cargo, chegou a ser especulado o nome do deputado federal do deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), que foi candidato ao Senado e perdeu a eleição para o senador reeleito Romário, chegou a ser ventilado entre ministros de Lula para assumir o instituto, mas teria sido descartado por aliados de Marina.
Assim, os nomes da lista tríplice deverão ser indicados por um comitê de servidores da autarquia e enviados para Marina escolher o futuro presidente. O escolhido poderá ser tanto um técnico quanto um político, segundo interlocutores. Até a definição da lista tríplice, Marina Silva escolheu o servidor do órgão, Marcelo Marcelino de Oliveira, para comandar interinamente o ICMBio.
Já em relação ao possível futuro presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, uma conhecida liderança ambiental no Congresso Nacional, Marina Silva aguardaria apenas o fim de seu mandato, em 31 de janeiro, para concretizar a nomeação dele como chefe do Ibama. Caso queira ser nomeado antes, o deputado teria que renunciar ao restante de seu mandato, uma vez que legislação estabelece que parlamentares só podem se licenciar do mandato para assumir ministérios ou secretarias estaduais ou municipais.
Servidores dos dois principais órgãos aplicadores da legislação ambiental na região, incluindo o Acre, vivem momentos de expectativas em relação aos dois nomes porque tanto o Ibama como o ICMBio têm órgãos e áreas de atuação local. Em função disso, começam as especulações em relação aos nomes que poderão vir a chefiar em nível local.
Para a Superintendência Regional do Ibama no Acre volta a ser lembrado o nome do indigenista Anselmo Forneck, ex-dirigente do Cimi (Conselho Indinegenista Missionário) no Acre e chefe local do Ibama no período em que Marin Silva foi ministra nos dois mandatos anteriores de Lula, de 2003 a 2009.
Também é lembrado o nome do petista Sibá Machado, que foi deputado federal e senador no lugar de Marina enquanto ela foi ministra. Nome lembrado tanto para o Ibama como para o CMBio.
ContilNet