Nesta sexta-feira, um dia após a sentença, ela se pronunciou em suas redes sociais, demonstrando revolta com a justiça brasileira.
Hoje senti na pele o que é injustiça. Meu Deus, como fiquei com nojo de certas pessoas que fizeram concursos e juraram defender a vida do próximo e, por levar um empurrão, sentiu-se no direito de matar. Por que? Porque estava armado, estava bêbado e com arma na mão se sentiu um machão. Não foi homem para enfrentar um empurrãozinho e tinha que sacar sua arma e atirar dentro de uma boate lotada de gente e sem condições de se defender”, escreveu em suas redes sociais.
“E eu aqui sou uma mãe que chora a morte de seu filho e ainda pela impunidade de quem o matou”, continuou.
Alcineide voltou a criticar o que chamou de corporativismo dentro da polícia – o que também havia falado em entrevista à imprensa durante os dias de julgamento.
“Obrigada, corporativismo. Além de um dos seus matar meu filho, ainda o inocenta, porque matar é normal, segundo o sistema. Nojo, justiça imunda. Se fosse um civil teria pena máxima. Obrigada a todos que me apoiaram e me acolheram. Gratidão”, finalizou.
Vale ressaltar que após o assassinato de Rafael Frota, toda a família deixou o Acre e foi residir na cidade de João Pessoa (PB).
MPAC recorre da decisão
O promotor de Justiça, Teotônio Soraes, do Ministério Público do Acre (MPAC), que atuou como acusação na sessão do Tribunal do Júri que julgou o policial federal Victor Campelo pela morte do jovem Rafael Frota, em uma boate em Rio Branco, em julho de 2016, vai recorrer da decisão que inocentou o agente.
Teotônio, diferente do que acredita e decidiu o júri, entende que Victor não atuou em legítima defesa ao atirar em Rafael.
“Consideramos que a decisão não foi justa e que Victor não atirou em legítima defesa. Vamos recorrer da decisão e discutir a questão à exaustão”, defendeu.
ContilNet