17 maio 2024

Saúde do Acre alerta para novos casos de meningite

A Tribuna

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A vacinação é a principal forma de prevenir a meningite, que pode levar à morte em até 24 horas ou deixar sequelas graves. No Acre, as taxas de cobertura vacinal contra a enfermidade, principalmente nas modalidades meningocócicas, estão abaixo das recomendadas pelo Ministério da Saúde (MS).

Segundo dados da Secretaria de Saúde (Sesacre), de janeiro até o dia 1º de dezembro foram notificados 67 casos suspeitos da doença com 13 casos confirmados. Entre os óbitos, 1 foi por meningite fúngica e três por meningite viral. A taxa de letalidade encontra-se em 30,7%, representado um aumento de 19,6% em relação a 2021.

O MS registrou, até o fim de outubro, 5.821 casos e 702 óbitos por meningites de diferentes etiologias – causas – no Brasil. O motivo do avanço é a queda do índice de vacinação no país, principal meio de prevenção, chegando a combater 90% das formas mais graves da doença.

As vacinas contra a meningite bacteriana são consideradas as medidas mais eficazes e seguras para evitar quadros mais graves da doença, que produzem sequelas como amputações, surdez, cicatrizes ou morte. “Uma vez que as crianças e adolescentes deixem de receber a vacina, o agente causador da doença começa a circular, aumentando a sua incidência”, explica Daíla Timbó, responsável pelo Centro de Referências para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Sesacre.

Existem imunizantes que protegem contra todos os tipos da doença bacteriana, meningite A, C, W, Y e B.

A vacina disponível na rede pública protege contra o tipo C da doença e é oferta-da ao público prioritário: crianças menores de cinco anos de idade, adolescentes de 11 e 12 anos e pessoas com comorbidade. A cobertura para a vacina meningocócica C (conjugada) no ano de 2021 foi de 69,81% em crianças. Já de janeiro a setembro de 2022, encontra-se em 67,83%, quando o preconizado pelo MS é 95%.

“Lembramos ainda que não existe vacina contra outros microrganismos causadores de meningites como os fungos, vírus, protozoários e helmintos [vermes parasitas]”, acrescenta Daíla Timbó.

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