Família contradiz versão de diretor de presídio e afirma que detento foi espancado até a morte

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A família do detento Omaico da Silva, de 28 anos, que morreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, nesta segunda-feira (19) afirma que ele não passou mal dentro da cela do Presídio Manoel Neri mas, sim, foi espancado até a morte.

O detento cumpria pena por roubo e estava no bloco 4 da unidade prisional, onde não têm pessoas com envolvimento com facções criminosas, de acordo com a direção da unidade.

O carpinteiro Omar de Oliveira, de 54 anos, pai do detento, disse que a família não acredita na versão da direção da unidade de que ele tenha passado mal dentro da cela. Ele falou que o filho tinha várias marcas de espancamento pelo corpo.

“Ninguém nem acredita no que está acontecendo e no que eles [direção da unidade] estão falando porque ninguém do Iapen veio aqui falar com a gente e dizer o que aconteceu que ele e como ele morreu. Eles falaram no jornal que ele morreu de infarto, é mentira deles, o menino está todo quebrado, a gente está vendo que o pescoço dele está quebrado os braços dele estão com os pulsos cortados. Que infarto foi esse que o cara vai se matar? Eles estão mentindo”, afirmou.

Seu Omar falou que além da dor de perder um filho ele agora quer respostas e justiça pelo que aconteceu.

“O corpo dele está todo cheio de marcas de espancamento, queremos justiça, o pescoço dele está quebrado. Eu e minha mulher estávamos na BR, no nosso terreno, quando a minha cunhada ligou avisando. Eles ligaram era meio-dia, a assistência social, então, eles contam no jornal que aconteceu às 23h e ele foi para o hospital e entubaram ele. Quando foi de manhã eles contam que ele morreu, então, de manhã, até meio dia do outro dia é que eles foram ligar, é muito tempo. Na hora em que ele saiu da penal era para eles terem ligado para a família, a gente vai entrar na justiça.”

G1

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