O senador eleito no Acre, Alan Rick, foi o entrevistado desta segunda-feira, 31, no Programa da Jô Edição Podcast. O também jornalista e atualmente deputado federal, falou de seus caminhos dentro da política nos próximos anos, seus projetos aprovados, vida pessoal e o que espera da gestão de Lula como novo presidente do país.
De acordo com ele, o segundo turno das eleições 2022 foi difícil, mas estava esperançoso na vitória de Jair Bolsonaro, o que não aconteceu e o deixou arrasado. Agora deve ser oposição no senado, mas declarou que será responsável.
“É momento de colocar o pé no chão, porque Deus nos deu a oportunidade de estar no senado para ajudar nosso país. Serei uma oposição responsável, com muito equilíbrio, fazendo aquilo que o povo do Acre me determinou a fazer: ajudar meu país, votar com responsabilidade e trazer recursos para o nosso estado”, declarou.
Rick comentou ainda sobre o silencio de Bolsonaro após a derrota nas urnas. Para ele, o atual presidente deve estar absorvendo toda a situação para depois se pronunciar e defendeu as manifestações das pessoas opostas ao resultado da eleição, que estão ocorrendo em ruas de todo o país.
Além disso, ele visualiza que o erro de Bolsonaro foi não defender a vacina da Covid-19, enquanto o Brasil e o mundo perdia diversas pessoas para a doença, drama que também enfrentou.
“O presidente poderia ter sido mais contundente, defendendo a vacina em massa para a população, porque eu vivi isso, quase perdi minha esposa e meu filho. Acho que quem não quer se vacinar, tem esse direito, mas precisamos sempre nos lembrar que a minha liberdade não pode prejudicar o outro”, apontou.
O politico espera agora que Lula cumpra com sua palavra, que não ataque o agronegócio, o que chamou de crucial para o desenvolvimento Brasil e também não incite a violência e invasão do campo, não libere o uso de drogas e do aborto e outras coisas que defende como cristão.
“Em uma eleição tão polarizada, o povo brasileiro mostrou que sua confiança em Lula é pequena, então, no seu primeiro deslize, ele pode sofrer as consequências. O país avançou muito em diversas áreas, então a gente espera que ele não destrua tudo o que conquistamos, que ele faça um governo pelo bem do povo brasileiro”, comunicou.
Foram abordados ainda, temas sobre os anos em que Alan foi jornalista no Estado, fases que marcaram a profissão, alianças e traições dentro da vida politica e se guarda mágoas dos adversários durante a campanha.
Em relação a Marcio Bittar, o futuro senador declarou que prefere que cada um siga seu caminho, já que para ele, o candidato que concorreu ao governo, mas perdeu, é egoísta politicamente, o que não deveria acontecer.
“Eu prefiro que ele trilhe seu caminho para um lado que eu vou trilhar o meu para outro, porque eu percebi que a maneira que ele pensa politicamente é diferente da minha. Entendo que política é grupo, se você pensar só, tentar derrubar as pessoas por um projeto familiar, não é o que eu faria”, afirmou.
Enquanto sobre Gladson Cameli, não o culpa por desavenças e sim sua equipe, mas apontou que respeita o governador e está pronto para trabalhar juntos para o crescimento do estado.
“Quando você ganha uma eleição, você precisa ser generoso, ter um coração de manteiga e um coro de jacaré, para suportar as pancadas, perdoar e seguir em frente. Porque o Acre precisa que a gente dê as mãos agora e trabalhe pelo nosso povo, vamos trabalhar”, expôs.
Ac24horas