Possível caso de poliomielite depois de anos acende alerta no Acre: “Retrocesso”

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Com a notificação ao Ministério da Saúde de um casos suspeito de poliomielite no estado do Pará, o Brasil fica em alerta.

De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – CIEVS/SESPA, uma criança de três anos com paralisia testou positivo para poliovírus (SABIN LIKE 3), através da metodologia de isolamento viral em fezes. Apesar do resultado, o documento afirma que outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré, portanto o caso segue em investigação. A criança havia sido vacinada contra a pólio um dia antes dos primeiros sintomas.

Segundo o médico infectologista acreano, Thor Dantas, as informações até o momento apontam para atraso vacinal. Segundo o histórico vacinal do menino que foi divulgado, ele não tinha recebido as vacinas inativadas no primeiro ano de vida, somente as duas vacinas de pólio oral, o que não é indicado.

“E voltamos a falar de poliomielite no Brasil! Que grande retrocesso! Caso do Pará, pelo que se tem até agora de informação, envolve atraso vacinal com erro no esquema vacinal! Temos muito a fazer”, publicou o profissional.

O retrocesso a que se refere Thor é o fato de que o último caso de poliomielite reportado no Brasil foi em 1989. Cinco anos depois, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Também conhecida como paralisia infantil, ou pólio, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda, causada por um vírus no intestino, que pode infectar crianças e adultos. Nos casos graves acontece a paralisia dos músculos, e os membros inferiores sãos os mais atingidos.

A baixa cobertura vacinal representa uma ameaça para o retorno da doença.

No Acre, por exemplo, a campanha de vacinação que encerrou no último dia 30, já com a prorrogação, atingiu apenas 16 mil crianças de 1 a 4 anos, o que corresponde a apenas 24% do público estimado que é 95%.

No cenário nacional a baixa imunização também é uma realidade: segundo o Ministério da Saúde a cobertura vacinal no país está em torno de 60%.

ContilNet

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