Flaviano anuncia aposentadoria da política: “Já sinto saudades, mas chegou a hora de curtir os filhos e neta”

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Aos 73 anos, Flaviano Melo é talvez o nome mais conhecido da política acreana. Após 40 anos de vida pública, ele anuncia sua retirada, a aposentadoria da política, para se dedicar aos filhos e a neta.

Flaviano não vai mais presidir o partido e, tampouco, disputar eleições. Com a aposentadoria de Flaviano Melo se encerra uma era da política acreana. O velho cacique retira seu cocar e deixa de comandar os rumos do MDB no Acre. Ele pretende ir para uma vida mais tranquila.

Medebista de coração, partido ao qual dedicou toda sua vida política, Flaviano já foi prefeito de Rio Branco duas vezes, governador do Estado, senador e deputado federal por 4 mandatos.

Veja abaixo a entrevista completa com Flaviano Melo:

Folha do Acre – O senhor sai da vida pública?

Flaviano Melo – Sim

Folha – O senhor considera o Jarude seu sucessor na política?

FM – Cada um tem seu trabalho na política. Jarude será muito mais brilhante.

Folha – Eita. Sério?

FM – Não acreditas? Ele será.

Folha – Não subestimo o Jarude, mas sabemos que seu legado é imenso.

FM – Dei a sorte de passar 40 anos na política, isso permitiu muito trabalho.

Folha – Se resumisse seu tempo de mandato em uma causa ou obra o que seria?

FM – Impossível fazer isso, Gina. São muitas obras importantes para os acreanos.
Saneamento, habitação, saúde, educação e cultura, agricultura, entre outras.

Folha – Em todo esse tempo de política, olhando para trás, valeu a pena?

FM – Com certeza. Faria tudo outra vez.

Folha – Qual importância que seu pai teve na sua vida política?

FM – Meu pai foi meu ídolo, dentro da sua simplicidade tinha muito conhecimento político. Se tivesse vivido mais tempo eu teria aprendido muito mais.

Folha – Os políticos de hoje estão mais “técnicos” e menos humanos?

FM – Com certeza, a velocidade que a internet oferece faz todos nós virarmos uma máquina.

Folha – Tem certeza que não vai sentir saudade da política?

FM – Já estou sentindo, mas o poeta já disse: “saudade é coisa que dá e passa”.

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