Valmir Procópio voltava de distribuidora quando foi baleado e morreu no PS de Rio Branco em fevereiro do ano passado. Além do homicídio, acusado responde por duas tentativas de homicídio.
Após mais de um ano, Matlison Malzone Caetano de Freitas é julgado pela morte do aposentado Valmir Procópio, de 67 anos, ocorrida em fevereiro do ano passado. O julgamento ocorre nesta quarta-feira (19) na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco.
Além do homicídio, Freitas responde por duas tentativas de homicídio, constrangimento ilegal e por integrar organização criminosa. Os crimes ocorreram no dia 12 de fevereiro de 2021, na Rua Baixa Verde, bairro Cidade Nova, em Rio Branco, próximo a uma parada de ônibus. Ele foi preso junto com outro suspeito e um adolescente apreendido dois meses depois.
Conforme o Tribunal de Justiça, além do réu, quatro testemunhas devem ser ouvidas durante o julgamento, que começou 8h desta quarta.
Em junho deste ano, Freitas já foi condenado a mais de 21 anos de prisão pelo assassinato de Lougan Tayson Rodrigues de Souza. O homicídio ocorreu em fevereiro de 2020 na Rua Jatobá, bairro Ayrton Senna, em Rio Branco.
A vítima ainda foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com vida, mas morreu no Pronto Socorro horas depois.
Voltava para casa quando foi baleado
Na época do crime, familiares de Procópio contaram que o idoso estava em uma distribuidora do bairro com o amigo e o filho dele, um adolescente. O trio se separou e o aposentado seguiu para casa com o amigo e o adolescente ficou em uma parada de ônibus, quando foram atingidos pelos disparos de arma de fogo.
“Ele estava voltando para casa. Não estava mais na rua da distribuidora, estava na rua de casa e passaram atirando. O pai ia com o pai do adolescente, que estava sozinho na parada de ônibus”, explicou Rafael Procópio, filho do idoso.
A informação era de que os suspeitos estavam a pé quando atiraram e saíram correndo.
Abalada e muito revoltada, a mulher do aposentado, Maria de Nazaré Dias Procópio, disse que o marido era um pai de família e trabalhador e não tinha envolvimento com crimes. O casal estava junto há 34 anos. “Quero justiça, tiraram a vida dele do nada. Esse Acre é terra de ninguém, sem lei. Quero justiça, só isso”, disse na época.
G1