O Acre tem 572 casos de potenciais irregularidades nas contas parciais de candidatos. Os indícios de irregularidades são apontados a partir do cruzamento de dados das contas parciais de candidatos com as informações constantes dos sistemas dos órgãos de fiscalização.
No Acre, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC), a maioria desses casos está relacionada com empresas de fachada, que são fornecedores e/ou prestadores sem capacidade operacional ou cujos sócios têm relação de parentesco com candidatos.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nessa quinta-feira (22) o primeiro cruzamento das prestações de contas das campanhas eleitorais de todo o país com dados de órgãos federais. Foram detectadas 59.072 transações potencialmente irregulares. Somadas, elas superam a marca de R$ 605 milhões.
O TRE-AC destaca também que essas ‘supostas irregularidades serão submetidas à análise aprofundada para obtenção de evidências suficientes e apropriadas à caracterização de infrações, cujo efeito poderá redundar, inclusive, na desaprovação das contas finais’.
Até o fim das eleições, os partidos devem enviar à Justiça Eleitoral novas prestações de contas, que serão submetidas ao mesmo processo de verificação. Até o dia 2 de novembro, as siglas devem prestar contas dos gastos totais do primeiro turno das eleições – a votação é em 2 de outubro.
Conforme o TSE, a análise inicial não permite cravar que haja alguma irregularidade – indica apenas que houve alguma incongruência entre as informações declaradas pelos partidos e os bancos de dados de órgãos como Receita Federal, Tribunal de Contas da União, MP Eleitoral, Polícia Federal e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
G1