Na manhã desta sexta-feira, 9, dezenas de servidores das categorias de enfermagem, técnico e auxiliar se mobilizaram em favor da manutenção do piso salarial – após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, ter suspendido a lei que aprovava o piso de R$ 4.750, mesmo a matéria tendo sido aprovada pelo congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a enfermeira Alesta Costa, representante do sindicato dos enfermeiros e técnicos de enfermagem, o ministro do supremo tribunal federal tomou uma decisão monocrática em desfavor dos profissionais. “Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua”, declarou.
Já Yonaira Araújo, da federação dos enfermeiros e sindicato dos enfermeiros no Acre, contou que o objetivo da categoria é que os demais ministros não acompanhem o voto do relator, ministro Barroso.”isso é inconstitucional”, comentou.
No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, nesta sexta-feira, a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que, no último fim de semana, suspendeu por 60 dias a aplicação do piso salarial da enfermagem. O plenário da Corte analisará a matéria enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tenta negociar com o governo uma fonte de recursos para cobrir as despesas geradas pelos novos valores, mais provavelmente do próprio SUS.
O ministro teria suspendido a lei devido a falta de uma fonte de recursos para a manutenção dos novos salários. No Acre, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Acre (SEEAC), assim como toda a categoria, foi surpreendido com a notícia e não ficou nada satisfeito com a postura do ministro.