O delegado Railson Ferreira, que atua em Feijó, detalhou os supostos esquemas de desvio de dinheiro público envolvendo funcionários da administração do prefeito Kieffer Cavalcante (PP) que administra o município com maioria absoluta na Câmara de Vereadores onde apenas um vereador é de oposição.
As operações policiais integradas entre Polícia Civil e Polícia Militar já cumpriram 12 mandados de busca e apreensão.
Segundo o delegado, na Secretaria de Obras do Município o esquema envolvia vários veículos em desuso, que estavam parados no pátio da Secretaria por falta de condições de utilização. Esses veículos eram abastecidos e a gasolina colocada neles era vendida a particulares por preços inferiores aos praticados no mercado. O esquema envolve um posto de revenda de combustível muito conhecido na cidade que era usado para a lavagem de dinheiro.
O delegado afirmou que o mesmo esquema se desenvolvia na Secretaria de Educação, no setor de merenda.
Os envolvidos são acusados de vários crimes, entre eles, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.
Um vereador de Feijó acusado de formar um curral eleitoral na Colônia de Pescadores do município também sofreu busca e apreensão em casa e na residência da filha. De acordo com o delegado Railson Ferreira, o esquema de corrupção envolvia o seguro defeso. O vereador garantia o seguro mesmo a quem não tinha direito ao benefício desde que votassem nele e cancelava o dos que tinham direito, mas não votavam nele.
Em abril deste ano outra vereadora de Feijó, Aurelinda Portela (PP), foi presa acusada de participar de um esquema que desviava dinheiro de idosos e indígenas na região. As acusações são de estelionato, fraude e associação criminosa. Ela está no presídio de Tarauacá.
Ferreira acha que a investigação sobre os casos recentes deve demorar 3 a 4 meses para serem concluídos. A demora se deve, segundo ele, à estrutura precária da Polícia Civil.
Com informações Acreinfoco