Vereadora é presa suspeita de desviar R$ 300 mil de idosos e indígenas no Acre

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Aurelinda foi eleita em 2020, é casada, declara ao TSE a ocupação de auxiliar de escritório e tem ensino médio completo. Ela tinha, naquela época, um patrimônio declarado de R$ 137 mil.

A vereadora Aurelinda Portela (Progressistas), de 51 anos, foi presa na manhã desta segunda-feira (8), na cidade de Feijó, interior do Acre, em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual (MP-AC). Ela é suspeita de estar envolvida em um esquema que desviava dinheiro de idosos e indígenas na região.

Aurelinda foi eleita em 2020, é casada, declara ao TSE a ocupação de auxiliar de escritório e tem ensino médio completo. Ela tinha um patrimônio declarado, naquela época, de R$ 137 mil. O g1 entrou em contato com a defesa e aguarda posicionamento.

Conforme as investigações, a vereadora se aproveitava do fato de estas pessoas serem analfabetas e fazia transferências, empréstimos, financiamentos e outras transações bancárias, em nome das vítimas. Para cometer os crimes, ela usava procurações em nome deles. Desvios são de cerca de R$ 300 mil. Um mandado de busca também foi cumprido na casa da vereadora.

“Hoje estou com sete casos e a conta está em torno de R$ 300 mil para sete pessoas. São idosos, indígenas e ela se aproveita de pessoas extremamente vulneráveis”, disse o delegado Railson Correia, responsável pela investigação que durou mais de um ano.

Além da prisão, a justiça determinou o sequestro de 251 bois das propriedades da filha e do marido da investigada. O objetivo é que ao final do processo judicial esses animais sejam leiloados para que as vítimas sejam indenizadas.

Aurelinda é investigada pelos crimes de estelionato e furto mediante fraude, praticados contra estas pessoas.

Esta não é a primeira vez que a vereadora é presa. Em junho do ano passado, ela foi presa em flagrante, junto com a filha e o esposo, pela Polícia Federal, pelos crimes de estelionato e apropriação indébita. Mas, durante a audiência de custódia, todos foram liberados após pagamento de fiança e com medidas cautelares que os proibia de ter contato com indivíduos dos grupos indígenas e de trabalhadores rurais.

“A gente conseguiu demonstrar que ela não se importa com medida cautelar na investigação de mais de ano. E para suprir esse prejuízo, a juíza permitiu o sequestro de 251 animais e as vítimas devem ser ressarcidas”, acrescentou.

A vereadora foi levada até a delegacia da cidade para prestar os devidos esclarecimentos e deve passar por audiência de custódia ainda nesta segunda.

G1

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