A redução no preço da gasolina no chamado “pé das bombas” dos postos de combustíveis do Acre, notadamente da Capital Rio Branco, que começa a valer nesta terça-feira (16) nas refinarias, vai demorar entre três ou quatro dias para acontecer.
A informação foi dada ao ContilNet nesta segunda-feira (15) pelo presidente do Sindicato do Comercio de Derivados de Petróleo do Estado do Acre (Sindepac), Delano Lima e Silva, ao comentar o terceiro reajuste para baixo anunciado pela Petrobrás, no Rio de Janeiro, onde fica a sede da estatal.
De acordo com a Petrobrás, a partir de amanhã, a gasolina estará mais barata 4,8% nas refinarias de todo o país, o que significa que a redução também irá se refletir nas bombas – mas, no caso do Acre, isso demora alguns dias para acontecer.
O último reajuste para a gasolina no país foi em julho. Nesta última redução, significa uma queda de 0,18 centavos por litro. Esse é o terceiro reajuste para menos da gasolina no ano. Há uma semana, a estatal cortou em R$ 0,20 o preço do litro do combustível, o que significa queda de 3,5%.
Em nota, a estatal diz que a redução faz parte da coerência da empresa em relação à política de preços com base no mercado internacional e na politica de câmbio.
Apesar da queda, a gasolina acumula alta de 14,24 5 no ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao consumidor (IPCA), que mede a infação nacional. Em 12 meses, a taxa acumula alta de 5,64%. No mês de julho, após a diminuição das alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), a gasolina ficou em média 15,48% mais barata.
A redução deixa de ser imediata no Acre, de acordo com Delano Lima e Silva, porque os comerciantes têm que, primeiro, vender o estoque adquirido com preço anterior. “Só depois que esvaziarem os tanques, quando forem renovar o estoque, é que essa diminuição de preços se refletirá nas bombas”, disse. “Isso demorar de três a quatro dias”, acrescentou.
Outro fator para a demora do reajuste nas bombas dos postos do Acre é que grande parte da gasolina vendida nos postos locais é adquirida em Porto Velho, Rondônia, o que existe toda uma logística. Por isso, os estoques demoram para ser renovados, com os novos preços.
No entanto, apesar disso, os donos de postos estão animados com a redução, diz Delano Silva. Segundo ele, a diminuição de preços aumenta a demanda por gasolina. “A gente ver isso se refletindo nos postos”, afirmou. “Só esperamos é que continue assim e que a redução não perdure só enquanto dura a campanha eleitoral”, acrescentou.
ContilNet