Idoso de 69 anos busca atendimento em UPA do Acre com sintomas da varíola dos macacos

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Idoso buscou a UPA da Sobral nesta quinta-feira (11) com febre, erupção cutânea, tosse, dor de cabeça e nas costas.

Um idoso de 69 anos, que mora em Rio Branco, procurou atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento da Sobral com febre, erupção cutânea, tosse, dor de cabeça e nas costas nesta quinta-feira (11).

As equipes fizeram a coleta do material para investigação no Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Regional de Saúde do Acre (Cievs) como caso suspeito de varíola dos macacos.

Também nesta quinta, mais dois casos suspeitos da doença foram descartados. Um deles foi o da menina venezuelana de 3 anos que buscou atendimento com os pais no dia 29 de julho.

A Sesacre já havia descartado a doença nos pais da criança. O outro caso descartado é de uma francesa que mora em Cruzeiro do Sul e procurou as equipes médicas também no dia 29 de julho.

Com isso, o número de notificações chegou a 12, sendo 6 descartadas, um confirmado e cinco suspeitos.

Na última terça (9), uma criança de 8 anos do sexo masculino, também de Rio Branco, deu entrada na UPA da Sobral apresentando febre e erupções cutâneas no tronco e membros superiores.

O primeiro caso da doença foi confirmado no dia 25 de julho. O paciente, de 27 anos, viajou para o exterior, e em seu retorno apresentou febre, cansaço físico e pápulas espalhadas pelos braços e abdômen, sendo notificado no di 11 do mesmo mês pela Unimed.

Macaco não é transmissor
Apesar do nome da doença, o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde do Acre, Gabriel Mesquita, reforça que a doença não tem ligação com o macaco e que é considerada leve. Ele faz o alerta para que as pessoas não façam nenhum tipo de mal ao animal.

“Na verdade, foi consenso para definição do nome para Monkeypox justamente pelos macacos não terem envolvimento nesse processo de transmissão e para evitar que as pessoas façam esse mal com o macaco. Eles não são reservatórios da doença, não fazem essa transmissão direta, então, por isso, que decidiu-se pela comunidade científica que o nome seria Monkeypox para evitar esse estigma aos animais que não tem nada a ver”, pontua.

Ele destaca ainda que a transmissão da doença é feita de forma bem direta, com contato muito próximo.

“É uma doença de transmissão baixa, lenta, e é preciso ter um contato muito próximo, toque na pele, com secreção que sai das fístulas, secreções orais, então é uma doença que pode ser facilmente evitada com uso de máscara, evitar estar muito próximo a pessoas que estiveram em região que está tendo essa circulação de casos”, orienta.

Sintomas e transmissão
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

G1

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