Especialista explica que os prejuízos não afetam apenas o sistema respiratório, mas o sistema imune também.
Risco para os olhos, pele e principalmente os pulmões. Estes são apenas alguns efeitos da fumaça, que todos os anos traz alguns problemas de saúde, quando as queimadas se intensificam no Acre. Guilherme Pulicci, médico especialista em imunologia, disse que há estudos apontando que os pulmões das pessoas podem ser comparados ao de fumantes nesse período.
“Existem estudos e até conduzidos no nosso país, tem o de um professor lá em São Paulo, que é um patologista, ele fez estudo em hamsters na capital e em cidades do interior. Ele conseguiu comprovar que os animais criados na capital, morriam mais cedo e adoeciam mais cedo do que os que eram criados em outros ambientes e podia-se dizer que quem morava na capital tinha o pulmão equivalente ao de um fumante, é uma situação que a gente vive nesta época do ano aqui. A gente inala bastante poluentes, extremamente tóxicos e danosos”, disse em entrevista à Rede Amazônica.
O especialista explica que os prejuízos não afetam apenas o sistema respiratório, mas como o sistema imune também. “A gente vê aumento das doenças e não só as respiratórias, mas até doenças cardíacas, renais. Quer dizer, há uma prevalência aumentada de infartos, AVC, nessa época atribuível a esse problema”, complementa.
Isso traz muitos prejuízos para as pessoas, principalmente portadoras de doenças respiratórias e grupos mais suscetíveis que são idosos e crianças. O médico ainda faz orientações sobre medidas que podem atenuar os efeitos da fumaça e baixa umidade do ar.
“A gente recomenda aquelas medidas caseiras que as pessoas costumam fazer, como deixar uma toalha molhada no quarto, um balde ou bacia com água. Isso pode ajudar sim porque aumenta a umidade local. E também o uso de soro fisiológico nasal, uma nebulização com soro, também pode ajudar a umidificar a via aérea, e minimizar um pouco também os efeitos da fumaça. Tendo cuidado também com olhos e pele”, acrescentou.
G1