Em queda, o Acre é o 7º colocado entre os estados da região Norte no ranking de mortes violentas registrados em 2021. É o que apontam dados do Anuário de Indicadores de Violência no Acre, referente ao período de 2012 a 2021, lançado pelo Ministério Público Estadual (MP-AC), neste sábado (16).
A publicação foi produzida pelo Observatório de Análise Criminal, setor que integra o Núcleo de Apoio Técnico (NAT), e apresenta dados e informações sobre o comportamento da violência e da criminalidade no estado, a partir da exploração do conjunto de variáveis dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), mortes violentas intencionais (MVI), homicídios dolosos consumados (HDC), mortes decorrentes de intervenções policiais (MDIP), roubos, sistema prisional, violência juvenil, violência contra a mulher, atuação do crime organizado, da fronteira e suicídios.
Ao todo foram 192 vítimas fatais no ano passado, o que representou uma taxa de 21,2 mortes a cada 100 mil habitantes. O que mostrou uma redução em comparação ao ano anterior, quando essa taxa foi de 36 e o estado ocupava o segundo lugar da região norte.
A queda entre os dois anos comparados foi de 40%, segundo os dados do anuário. E, após cinco anos com taxa acima média nacional, em 2021, taxa inferior à do país, que teve taxa de 22,3 mortes por cada 100 mil habitantes no ano passado.
Conforme os dados do MP, as mortes em 2021, foram iguais as de 2012, ano de início da análise, quando 192 pessoas morreram. Desde então, houve uma crescente dos números, até o pico que foi 2017, com 531 registros, de lá pra cá, os dados apresentam queda, com uma pequena oscilação em 2020.
O objetivo principal do relatório é produzir respostas que possam orientar ações preventivas e repressivas de controle social e faz parte das atividades alusivas do aniversário de 59 anos do MP-AC.
“É um documento muito importante que reúne dados de um grande espectro temporal, desde 2012 a 2021, com ênfase para os dados do ano passado e contempla diversos índices que visam analisar a violência no nosso estado. Em 2017, tivemos o ápice no nosso estado, mas podemos dizer que começou em 2015, essa guerra entre facções com ônibus incendiados, luta por disputa de território e atuamos nessa época que foi uma explosão de violência. É um esforço e ainda há muito que fazer”, pontuou o procurador-geral, Danilo Lovisaro.
G1