O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (21) que partidos coligados na eleição para governador podem lançar candidatos de forma isolada ao Senado, mas não podem se coligar com outras legendas. A decisão foi tomada em resposta a uma consulta levada à Corte pelo deputado federal Waldir Soares de Oliveira (PSL-GO, atual União Brasil).
A decisão do TSE já vale para as eleições deste ano e pode ter impacto relevante no pleito eleitoral do Acre, onde o pré-candidato à reeleição, governador Gladson Cameli (Progressistas), têm tido dificuldade para formar sua chapa majoritária onde existem três pré-candidatos ao senado, sendo a atual senadora Mailza Gomes (Progressistas), o deputado federal Alan Rick (União Brasil) e a ex-esposa do senador Márcio Bittar, Márcia Bittar (PL).
Com a nova brecha, Cameli ficaria desobrigado a escolher somente um candidato para a sua chapa, apesar de declarar abertamente que Alan Rick, seria seu escolhido, o que causou desavenças em seu partido político, que tem Mailza como candidata à reeleição.
Aliás, esse impasse sobre a vaga no senado desencadeou uma crise nunca antes vista dentro do Partido Progressista, onde uma verdadeira guerra fria e articulações em Brasília tentam tomar o comando do partido que até o mês passado estava sob a órbita de Mailza, mas que até o momento continua sem diretório regional escolhido pelo Ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas.
Com a nova decisão da Corte Superior Eleitoral, novas conversas devem ser feitas nos próximos dias entre os membros que orbitam o Palácio Rio Branco. Nem Gladson e muito menos Alan, Mailza e Márcia se manifestaram sobre o assunto.