O deputado estadual Jenilson Leite (PSB), recebeu na manhã desta terça-feita (1), as advogadas Tatiana Martins, Isnailda Silva e a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre, Socorro Rodrigues, que compõem a Comissão da Mulher Advogada.
Elas trouxeram para o centro da discussão dados sobre a violência contra a mulher no Acre, um assunto já levantado pelo parlamentar na semana passada, quando se posicionou diante dos altos números de feminicídio no estado.
Elas destacam a redução do orçamento para políticas públicas para mulheres que coincide com o aumento dos crimes.
Outro destaque dado pelas advogadas foi quanto a um projeto de lei de autoria do deputado Jenilson Leite, que garante prioridade no atendimento e na emissão de laudos pelo Instituto Médico Legal (IML) à mulheres vítimas de agressões, aprovada em 2019. Socorro Rodrigues destacou que ela não foi implementada.
“Ficamos muito felizes de termos um deputado como o senhor, que é médico, sensível a nossas causas e a gente agradece muito por isso”, disse Socorro.
A Comissão disse também que o atendimento às mulheres é negligenciado em diversos aspectos, inclusive na saúde. Isnailda falou sobre a falta de fiscalização de leis como a do Minuto Seguinte, “que garante que hospitais da rede pública ofereçam o atendimento emergencial e multidisciplinar a mulheres vítimas de abuso, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência. Nada disso está sendo trabalhado”.
Como pré-candidato ao Governo, Jenilson tem buscado ouvir diversas classes e entidades representativas das mulheres.
“Aqui na Assembleia, nosso mandato tem sido sensível para essas situações. Sabemos que só vamos solucionar isso, tirar o Acre dessa situação, através de políticas públicas, de investimento, com um governo capaz de diagnosticar, traçar metas emergenciais e cumpri-las”.
Jenilson se colocou a disposição da Comissão da Mulher Advogada para construirem juntos as políticas públicas a serem implementadas em um possível Governo.
“Hoje as dificuldades imposta às mulheres que buscam atendimento intimida, ela já foi violentada e muitas vezes chega num hospital, numa delegacia e é constrangida, precisamos dar um atendimento humanizado, especializado e integrado para facilitar a situação dessa mulher, a tecnologia pode ajudar nisso, um aplicativo que receba uma denuncia dela e integre com todos os órgãos necessários, o hospital, a delegacia, o IML e o que for preciso. Já temos em nosso plano o Hospital da Mulher, que vai reunir em um só lugar todos os atendimentos especializados para as acreanas e dialoga com essa necessidade de unificação de informações”, destacou Jenilson.
Na próxima semana, a Assembleia Legislativa vai promover uma audiência pública para debater o crescente número de feminicídios no Acre