Governo abre sindicância para apurar mortes de crianças por SRAG

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Nesta sexta-feira, 17, o governo do Estado do Acre confirmou a abertura de
uma sindicância para apurar e tomar as devidas providências administrativas referentes às crianças vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). De acordo com a secretária de Saúde, Paula Mariano, a investigação deve ser concluída no início de julho.

“Essa é uma determinação do governador Gladson Cameli e vamos tratar essa sindicância com muito rigor. Se realmente for comprovada alguma irregularidade, o Estado pedirá a punição de quem foi omisso. Este é um momento de dor, respeitamos muito a memória de cada criança e nos solidarizamos com os familiares, que merecem respostas sobre o que realmente aconteceu”, enfatizou.

De acordo com Deiviane Medeiros, diretora técnica do Pronto-Socorro de Rio Branco, todas as crianças foram devidamente atendidas e medicadas enquanto estiveram sob os cuidados dos profissionais do maior hospital de urgência e emergência do Acre.

A gestora descartou, ainda, a falta de unidades de terapia intensiva (UTIs) como a principal possibilidade de causa dos óbitos registrados nos últimos dias.

“Todas as crianças foram atendidas por médicos intensivistas e pediatras no Pronto-Socorro. Em nenhum momento faltaram UTIs. Nossos documentos estão à disposição do Ministério Público para que faça análise e siga com os devidos procedimentos”, argumentou.

Durante a entrevista coletiva,
foram apresentados documentos clínicos oficiais sobre os proce-fomentos que as crianças foram submetidas enquanto estiveram sob os cuidados dos profissionais do maior hospital de urgência e emergência do estado. Em respeito ao Código de Ética Médica, as informações técnicas não foram repassadas à imprensa, mas estão disponíveis aos familiares e Ministério Público.

A secretária de Saúde esclareceu também sobre a falta de medicamentos nas unidades hos- pitalares. Segundo a gestora, a indústria farmacêutica brasileira enfrenta uma crise de produção por falta de matéria-prima, mas que o Estado se esforça para
manter o estoque abastecido. “Está faltando dipirona no Brasil inteiro e o que chega não é suficiente para atender nossa grande demanda diária. Mas, estamos utilizando paracetamol, que supre essa necessidade. Mesmo assim, nossas equipes vêm trabalhando para que a nossa rede não
fique desabastecida”, explicou.

Por fim, Paula Mariano falou do empenho do governo acreano para melhorar a estrutura e atendimento hospitalar ao público infantil.

“Em 2019, recebemos o Hospital da Criança com apenas 50% dos leitos em funcionamento. Hoje, ampliamos o número de leitos em mais de 80%. Além disso, nossos servidores têm passado por constantes capacitações e treinamentos em todas as regionais da Saúde”, ressaltou.

A Tribuna

 

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