O acreano Victor Silva, que tinha 19 anos, foi executado neste final de semana numa favela no Rio de Janeiro e o crime organizado não indica onde está o corpo. A polícia carioca por sua vez alega que não pode entrar na comunidade para procurar o cadáver do rapaz sem que seja montada uma operação especial. A família está em choque com a situação e sem saber a quem recorrer.
Informações apuradas com exclusividade pela Folha do Acre apontam que Victor seria envolvido com o Comando Vermelho e que foi até a favela comprar maconha, momento em que foi interrogado por integrantes da A.D.A., sigla de Amigos dos Amigos, um dos três maiores grupos criminosos do Rio de Janeiro e rival ao CV.
No celular do jovem os criminosos ligados à A.D.A. teriam constatado a relação dele com o Comando Vermelho do Acre, tendo inclusive grupos de Whatsapp onde trocava mensagens com os integrantes da facção que são responsáveis pelo tráfico de drogas em Cruzeiro do Sul, cidade natal dele.
“Ele foi comprar maconha e como ele nunca tinha andado por lá, pegaram o celular dele pra saber quem ele era. Viram que ele participava de grupos do CV e mataram ele. Até ontem a noite eles não tinham liberado o corpo. Eles se recusam a dizer onde está o corpo”, diz um amigo da vítima que por motivo de segurança prefere não se expor.
A reportagem também conversou com uma familiar de Victor que confirmou a morte dele. Mas devido as circunstâncias do crime, a família prefere não falar sobre o caso. Nas redes sociais, um outro amigo do rapaz lamentou o ocorrido. “Pra quê tanta crueldade. Sem acreditar no que aconteceu meu amigo”, escreveu.