O policial penal Alessandro Rosas Lopes, que no dia 12 de dezembro de 2020 matou com dois tiros o picolezeiro Gilcimar da Silva Honorato, de 38 anos, será submetido a exame de sanidade mental, a pedido de sua defesa.
O requerimento foi deferido pelo Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco e o procedimento foi marcado para acontecer nesta segunda-feira (23), de acordo com o advogado Maxsuel Maia, que atua na defesa do acusado.
De acordo com o advogado, Alessandro vem apresentando um quadro de instabilidade emocional e psicológica, tendo atentado contra a própria vida no dia 7 de dezembro do ano passado, no interior do presídio, por meio da ingestão de medicamentos.
“Seria um ato irresponsável e temerário por parte da defesa se o levássemos a julgamento sem a plena certeza de que ele é capaz de se autodeterminar. Por isso, entramos com o pedido de instauração de incidente de insanidade mental”, explicou Maia.
Denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado (motivo torpe), o acusado já teve vários pedidos de liberdade recusados. Após o resultado do exame de sanidade mental, ocorrerá o interrogatório de Alessandro.
O interrogatório é o último passo antes da audiência de instrução e julgamento, quando o juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, decidirá se ele poderá ou não ser submetido ao Conselho de Sentença.
O promotor do caso é Efrain Henrique Mendoza Mendivil Filho, o mesmo da ação penal que condenou os acusados da morte de Jonhliane Paiva de Souza, cujo julgamento aconteceu na semana passada.
O crime aconteceu após uma briga em um bar entre a vítima e o acusado. Segundo o MP, Alessandro foi ferido com um golpe de faca na altura do ombro após agredir o picolezeiro. Depois disso, pegou a arma no carro e atirou em Gilcimar, que fugia do local.
Ac24horas