Ao menos oito crimes foram registrados na região de fronteira, no Alto Acre, nos últimos 15 dias. A crescente violência foi o que motivou o deputado federal Leo de Brito (PT-AC) a ir, nesta quinta-feira, 14, à Superintendência da Polícia Federal, tratar com o delegado Flávio Avelar, sobre ações de reforço na segurança na área que compreende os municípios de Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia.
“Me junto a preocupação das famílias da região que estão sofrendo com a sensação de insegurança diante do aumento de crimes do últimos dias. São famílias que estão aflitas por terem medo de deixar seus filhos saírem à noite para estudar, das pessoas que frequentam igreja e estão evitando por medo. Não podemos ficar reféns da criminalidade”, disse o parlamentar.
Leo de Brito frisa que além do diálogo com a Polícia Federal, também tem conversado com as autoridade de segurança pública do Estado para saber que providencias estão sendo tomadas.
“E, mais que isso, me somo a eles, por meio do nosso mandato, para encontrar meios que devolvam a sensação de segurança para às comunidades do Alto Acre”, afirmou Leo.
O deputado petista destaca que esse é um momento que questões politico-partidárias devem ser deixadas de lado, em prol da população que vem sofrendo. “Estamos diante de uma situação gravíssima, que exige a união de esforços dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para restabelecer a ordem e a segurança na região de fronteira”, pontuou.
*Crimes federais*
Segundo informações repassada pelas forças de de segurança, a maior parte dos crimes ocorridos na região estão relacionados com o tráfico internacional de drogas. Dados oficiais indicam que a região compreende uma área de mais de 700 km de fronteira aberta com o Peru e a Bolívia. Neste momento, para cobrir toda essa área extensa, as forças federais não dispõem de pessoal suficiente.
“Precisamos criar meios para reforçar o trabalho da PF. Por exemplo, é necessário atualizar o valor do Adicional de Fronteira, que por algum tempo ajudou a fixar profissionais experientes em nossa região. O efeitivo em Assis Brasil também precisa de mais pessoal por se tratar de uma unidade que reúne muitas atribuições, como imigração e controle de documentos e isso acaba dificultando o trabalho de fiscalização em relação ao tráfico. Vamos cobrar isso em Brasília”, garantiu o parlamentar.