O senador concedeu entrevista à rádio Gazeta 93 FM nesta terça-feira, 29, e falou sobre seu mandato, mas também do futuro na política e não descartou uma aliança com o PT, caso ocorra segundo turno
Pré-candidato ao governo do Acre nas Eleições 2022, o senador Sérgio Petecão (PSD) concedeu entrevista à rádio Gazeta 93FM nesta terça-feira, 29. Além de destacar o trabalho desenvolvido ao longo de seu mandato, ele falou também sobre os rumos na política e pontuou que, “num segundo turno, se for preciso fazer uma aliança [com o Partido dos Trabalhadores (PT)], eu não vejo nenhum problema”.
As especulações sobre uma possível aliança entre os partidos surgiu após o encontro quase que inesperado entre Petecão e o ex-senador Jorge Viana (PT), durante a abertura do Congresso Estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB), no último dia 26, em Rio Branco. Mas, segundo Petecão, “seria muita ousadia” pedir para Jorge retirar sua candidatura.
“Nunca tratamos, até mesmo porque eu respeito a candidatura dele. Seria muita ousadia pedir pra ele retirar a candidatura dele para colocar a minha. Se o Jorge for candidato a governador, com certeza ele vai me enfrentar. Num segundo turno, se for preciso fazer uma aliança, eu não vejo nenhum problema, o que não pode continuar é o governo que está aí que está fazendo um mal muito grande ao nosso estado”, disse Petecão.
“Eu não tenho nada contra o Jorge Viana, não tenho nada contra ninguém (…) lá no PT tem muita gente boa e tem muita gente ruim também, no meu partido tem muita gente boa, mas tem muita gente ruim também. Isso é em toda a nossa sociedade. Não tenho nada contra o PT, muito pelo contrário, militei na frente popular. Nunca fui do PT, mas fizemos algumas alianças no passado. Mas eu respeito a candidatura do Jorge, ele tem todo um legado no Estado, todos nós conhecemos. Nasci e me criei aqui, então tenho a obrigação de conhecer o Jorge, porque ele também é acreano”, acrescentou.
O senador também não poupou críticas ao atual governo e ressaltou que o PSD deixou a gestão, quando percebeu “roubalheiras”. “O PSD está fora desse governo que está aí há mais de um ano, quando identificamos algumas roubalheiras que estavam acontecendo, nós desembarcaos do governo e aí, foi quando, tomamos a decisão (…) de emprestar nosso nome pra fazer esse enfrentamento do governo que está aí”, disse ele se referindo à gestão de Gladson Cameli.
Petecão também demonstrou, mais uma vez, sua solidariedade ao atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.
“O que mais me tocou foi exatamente a traição do governador com o Bocalom, porque o Bocalom é do partido do governador. Ele largou o Bocalom pra apoar a prefeita Socorro Neri e abandonou o Bocalom. Aquilo ali, com certeza me sensibilizou por ver aquela situação e fui apoiar o Boca (…) eu não tenho dúvidas pelo pouco que conheço o Bocalom, que ele fará uma boa gestão. É um homem íntegro, trabalhador, então se ele não rouba e trabalha muito, vai dar certo”.
Fonte: A Gazeta do Acre