Em mais uma ação para combater a prática ilegal de retenção de cartões de benefícios sociais e previdenciários de indígenas, a Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16) a operação Alarma.
Conforme a polícia, as vítimas seriam índios da etnia Kulina e Kaxinawás, das aldeias da região do Alto Purus, na cidade de Feijó, interior do Acre.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em locais suspeitos de reterem os cartões previdenciários dos indígenas, bem como de se apropriarem dos benefícios assistenciais. Vinte policiais federais estiveram envolvidos na ação. Desta vez, não houve prisões.
A Polícia Federal informou que as investigações continuam para tentar chegar à real dimensão dos crimes praticados contra os indígenas da região.
Ainda segundo a PF, os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato previdenciário, extorsão, e apropriação indébita, com penas de até 10 anos e meio de reclusão.
A origem do nome da operação faz referência ao poema indianista brasileiro escrito pelo poeta Gonçalves Dias. Na obra I-Juca-Pirama, Alarma foi o grito de guerra proclamado por um índio da tribo tupi antes de entrar na luta contra uma tribo inimiga.
G1