O Ministério Público Estadual (MP-AC) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar a política pública de monitoramento eletrônico no estado.
Com isso, o órgão solicitou informações ao Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) sobre os equipamentos utilizados e os detentos beneficiados.
Em todo o estado, conforme dados do Iapen-AC, há 2,2 mil presos monitorados por tornozeleira eletrônica.
Um ofício foi enviado ao instituto solicitando informações como: Cópia dos contratos e/ou convênios, em andamento, objetivando a execução da Política de Monitoramento Eletrônico de Pessoas no Acre; Cópia dos contratos de aquisição de tornozeleiras eletrônicas e seus aditivos, bem como as notas de empenho emitidas referentes aos anos de 2021 e 2022; A dotação orçamentária e os valores repassados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, bem como o Depen, para a execução da Política de Monitoramento Eletrônico de Pessoas no Acre e a aquisição dos referidos equipamentos; O número atual de custodiados monitorados eletronicamente no estado; Quantidade atual de equipamentos em estoque;
Número de tornozeleiras adquiridas nos últimos 12 meses; Número de tornozeleiras violadas ou danificadas nos últimos 12 meses e o valor médio mensal de cada custodiado monitorado eletronicamente, para o erário público, incluindo os custos para o funcionamento e manutenção das equipes multidisciplinares e de fiscalização.
O instituto tem 15 dias para enviar os dados solicitados. O Iapen-AC informou que recebeu o ofício na sexta feira (18) e o documento será respondido no início da semana.
A portaria de abertura do procedimento foi publicada na última quarta (16) pelo MP-AC. No documento, o órgão estadual diz que o Acre investiu mais de R$ 3 milhões, que foram repassados pelo Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), para a implantar a política de monitoração eletrônica no estado. O custo médio de gasto com o equipamento de monitoração seria de cerca de R$ 173.