Marido que matou mulher a facadas por ciúmes das roupas que usava vai a júri popular

Filha da vítima, que também foi ferida na ação, disse que discussão começou por causa da roupa usada pela mãe para ir à academia naquele dia. Crime ocorreu em agosto do ano passado em Rio Branco.

O autônomo Antônio Uilamo Bezerra, que esfaqueou e matou a mulher Maria Ivanilde da Silva, de 44 anos, em agosto do ano passado em Rio Branco, senta no banco dos réus nesta quarta-feira (9). O julgamento está marcado para começar as 8h, na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar.

A motivação do crime teria sido por ciúmes das roupas usadas pela vítima para ir à academia. Durante audiência, Bezerra confessou que matou a mulher, mas disse que não se lembra dos fatos após a discussão que teve com ela.

Maria Ivanilde levou várias facadas no dia 17 agosto do ano passado, dentro de casa na Rua Santa Maria, no bairro João Eduardo II. Ela chegou a ser levada ao pronto-socorro de Rio Branco, mas não resistiu aos ferimentos no abdômen e morreu. A filha dela, Sabrina Vitória Silva de Souza, viu tudo e também ficou ferida na ação.

Bezerra responde pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio e por crime de violência doméstica contra a mulher.

Já com relação à enteada, ele responde por tentativa de feminicídio e violência doméstica. O g1 não conseguiu contato com a defesa do réu.

Relato da filha da vítima

Conforme o processo, Sabrina relatou em depoimento que sua mãe chegou feliz da academia e que depois ouviu uma discussão entre o casal por conta da roupa e dela ter ido na academia. Ao verificar o que estava acontecendo, ela viu o padrasto batendo em sua mãe e também acabou sendo agredida.

Depois, ela relatou que o homem foi até a cozinha e foi quando ela e a mãe tentaram sair da casa, mas o portão estava trancado. Foi então que o homem se aproximou com faca e começou a dar os golpes contra sua mãe.

A jovem correu para pegar a chave e quando voltou disse que viu o padrasto cortar o próprio pescoço. Ela então jogou a chave para os vizinhos abrirem o portão. Sabrina relatou também que, mesmo com o pescoço cortado, Bezerra se levantou e quebrou os móveis da casa. Ela também ficou ferida a facadas.