Leo de Brito comenta possível chapa Lula e Alckimin: “frente ampla para reconstruir o Brasil”

Em seu discurso na tribuna da Câmara Federal, o deputado Leo de Brito (PT-AC) fez destaque à filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), ocorrida nesta quarta-feira, 23, em Brasília e falou sobre a possibilidade da formação da chapa Lula e Alckimin nas eleições deste ano.

“Muito provavelmente, Alckimin deverá ser o candidato à vice-presidente na chapa com Luís Inácio Lula da Silva. Lula e Alckimin já se enfrentaram nas eleições de 2006 e foram para a disputa em segundo turno. São conhecidos como adversários históricos, mas esse gesto do ex-governador de São Paulo representa aquilo que o Brasil precisa nesse momento, que é exatamente a união de uma frente ampla de partidos que vem sendo costurada para que a gente possa reconstruir o Brasil que está sendo destruído desde o golpe de 2016”, declarou Brito.

Leo de Brito destacou a importância da fala de Geraldo Alckimin sobre Lula, durante discurso na filiação ao PSB. “Alckimin disse que Lula representa a esperança e a democracia que foi tirada do povo brasileiro, que hoje tem no presidente Jair Bolsonaro seu principal inimigo. Bolsonaro que faz um governo que destrói as instituições”.

Gestão Bolsonaro: escândalos e gabinetes paralelos

O parlamentar acreano salientou que a gestão de Bolsonaro está sendo marcada pelo que ele classifica como “um governo dos gabinetes paralelos”. Ele destaca que foi o que pode se constatar ao ser divulgado que há um “gabinete do ódio”, à disposição de Bolsonaro e seus aliados para disparar notícias falsas e ataques aos adversários do presidente, seus familiares e de seus aliados.

“Agora, vimos ser escancarado que foi criado um “gabinete paralelo da Educação” que pede propinas a peso de ouro. Foi amplamente noticiado que o pastor Arilton Moura, que inclusive desonra os bons pastores, pedia propina para tirar dinheiro do Ministério da Educação [MEC] para beneficiar prefeitos. Esse senhor Arilton é amigo do presidente da República”, destacou.

Leo de Brito concluiu fazendo críticas à política desenvolvida por Bolsonaro que, em sua avaliação, só trouxe prejuízos à Amazônia, permitindo a destruição da floresta e promove o massacre dos povos indígenas; das donas de casa, dos trabalhadores que amargam o desemprego ou estão em subempregos e estão sofrendo com a carestia dos alimentos, do gás, dos combustíveis.

“Além de tudo isso, os brasileiros estão vendo o patrimônio nacional ser dilapidado, com a venda das empresas públicas como a Petrobras, a Eletrobras, os Correios e os bancos públicos”, complementou.
Para Brito, a possível chapa composta por Lula e Alckimin é a alternativa para a retomada do crescimento econômico, social e ambiental do país.

“O Brasil vai ser reconstruído e nós, que compomos o campo democrático, que representa de verdade o povo brasileiro, vamos derrotar esse desgoverno de Bolsonaro. Hoje, o Brasil não tem governo, infelizmente. O que impera é esse tipo de política nefasta que estamos vendo no MEC. E ainda assim, Bolsonaro tem coragem de vir a público dizer que há três anos o país não tem corrupção. Isso é mais uma falácia. Mais uma “fake news”. O que não temos hoje é investigação e tem esse tipo de patifaria como a que aconteceu no MEC”, finalizou.