O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), presidente da Comissão de Serviço Público, disse que esta e a próxima semana serão decisivas para os servidores públicos do Acre. Os parlamentares devem apreciar o projeto que concede reajuste de 5,42%, além de outras matérias que versam sobre reajustes para a Educação, Saúde e Segurança Pública.
“Nós vamos entrar numa fase decisiva. Nós teremos 4 sessões a partir de hoje. Neste prazo, esses servidores que cabem poucos aqui, mas que estão em multidão ali em baixo, vão estar pedindo a solidariedade e o apoio de cada um de nós. Nós temos como garantir no trâmite dessas propostas a mínima decência. Não podemos condenar os aposentados a ficarem chupando o dedo, não podemos condenar os servidores da saúde que morreram lutando na pandemia, e os servidores da Educação. Ser inimigo dos servidores vai custar muito caro para quem quer continuar na política”, afirmou Edvaldo Magalhães.
Em outro trecho da fala, Edvaldo Magalhães repudiou a atitude do governo do Estado que deu ordens à Tropa de Choque para desobstruir a AC-405. Trabalhadores rurais e estudantes pediam ao governo o cumprimento de uma promessa feita pelo governador Gladson Cameli, de que pavimentaria 7 quilômetros do Ramal Pentecostes.
“O governador Gladson Cameli vivia uma fase antes que era do bejinho, beijinho, sorrisinho, agora é a fase do pau, pau. Professores, trabalhadores rurais, alunos do Pentecostes foram fazer uma manifestação, coisa mais normal do mundo. Chamaram o Choque para dispersar com bombas de efeito moral. Nunca um governador fez isso. Covardia do governador Gladson Cameli com os trabalhadores. Você usa o instrumento do diálogo. Nunca substituir o diálogo pela força, pela covardia, porque são trabalhadores”, disse.
Outro repudio de Edvaldo foi quanto à fala do prefeito de Rio Branco Tião Bocalom, que comparou os servidores a um touro preguiçoso. “
“A minha mãe sempre me disse: ‘o costume de casa vai à praça. Bocalom capina sentado deste o primeiro dia no mandato e quer chamar de preguiçosos os servidores que são os que realmente trabalham. Aquilo é uma visão preconceituosa do serviço público, uma visão preconceituosa entre homens e mulheres, de um costume de casa que Bocalom levou pra praça”.