Presidente ucraniano Volodmir Zelenski diz que decisão foi difícil do ponto de vista moral, mas útil para o combate; condenados poderão se redimir de suas penas
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, decidiu nesta segunda-feira (28) libertar os presos com experiência militar, para que se juntem à luta contra as forças da Rússia, que lançam ofensiva contra o país desde a semana passada.
“Todos que puderem se unir na luta contra os invasores devem fazê-lo. A decisão não foi fácil do ponto de vista moral, mas útil do ponto de vista da nossa proteção. Sob a lei marcial, os participantes em conflitos, ucranianos com experiência real de combate, serão ex-presos e poderão se redimir de suas condenações nos lugares mais perigosos da guerra. A chave, agora, é a defesa”, afirmou o chefe de Estado.
O anúncio foi feito por Zelenski, por meio de uma nova mensagem de vídeo, em que ainda se dirigiu a toda a população, falando sobre a luta para garantir a soberania e a integridade do país. “Quando me candidatei a presidente, disse que cada um de nós é nosso presidente. Porque todos somos responsáveis pelo nosso Estado, por nossa linda Ucrânia. E, agora, cada um de nós se tornou um combatente”, garantiu.
Zelenski, falando em ucraniano, afirmou que, durante a invasão russa, que foi iniciada quatro dias atrás, 16 crianças morreram e outras 45 ficaram feridas em consequência de bombardeios. Já se manifestando em russo, o presidente se dirigiu aos soldados do país vizinho, pedindo que deixem as tropas e abandonem a Ucrânia. “Já morreram 4.500 soldados russos. Por que vieram aqui? Por que as colunas de seus veículos blindados estão contra nós? Uma vez mais: 4.500 militares russos assassinados. Deixem suas equipes, saiam daqui. Não confiem em seus comandantes, em seus propagandistas. Só a verdade salvará suas vidas”, concluiu.