Em audiência, defesa pediu que crime seja tipificado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Mas, MP-AC se manifestou pelo pronunciamento do réu para ir a júri popular por homicídio doloso, com qualificadora de feminicídio e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa de Alessandro Silva Magalhães, acusado de matar a namorada Cristina Raquel dos Santos Barros, de 20 anos, em maio de 2020, pediu que ele passe a responder pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O pedido foi feito durante audiência de instrução e julgamento na última sexta-feira (25), na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Ao todo, cinco testemunhas foram intimadas para prestarem depoimento, sendo que duas faltaram, segundo a defesa. Com isso, foram ouvidas três testemunhas e o réu.
A jovem foi morta com um tiro na cabeça no bairro Jorge Lavocat, em Rio Branco, após uma “brincadeira de roleta-russa”.
Ao g1, o advogado de Alessandro, Sidney Lopes Ferreira afirmou que o rapaz confessou o disparo de arma de fogo, porém não teve a intenção de matar a namorada.
“Na verdade, ele não teve intenção de matar, não há que se falar em dolo eventual mínimo. Foi uma coisa que as pessoas brincam com arma, já tinha o relato que ele tinha brincado mais cedo, tanto ele, quanto ela. Ele assumiu a situação, mas não é nessa linha de feminicídio, até porque ele nunca subjugou a vítima. Nas minhas alegações, pedi para desclassificar o crime para homicídio culposo. Em nenhum momento o Alessandro quis ceifar a vida da vítima”, disse o advogado.
Já o Ministério Público, durante a audiência, pediu pela pronúncia do réu pelo crime de homicídio doloso, com a qualificadora de feminicídio, além de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Caso ele seja pronunciado, deve passar por júri popular. A decisão ainda deve ser publicada pela juíza Luana Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.
G1