Com movimento fraco, lojistas do shopping popular de Rio Branco abandonam boxes

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Alguns comerciantes estão deixando o empreendimento devido à baixa movimentação de consumidores no local. Prefeitura disse que não vai cobrar taxa pelo próximos três meses.

Inaugurado pela Prefeitura de Rio Branco há mais de um ano, o Aquiri Shopping Popular não tem trazido o lucro que alguns comerciantes esperavam. Eles reclamam da baixa movimentação dos clientes e, alguns, estão abandonando os boxes.

O empreendimento foi inaugurado no dia 30 de dezembro de 2020 com alguns problemas na estrutura que precisaram ser revolvidos. Seis meses da inauguração, comerciantes encontraram rachaduras no térreo, 1º e 2º piso do centro comercial. Parte da lajota do piso também quebrou com o dano.

O Aquiri Shopping Popular fica em uma da das áreas de maior movimentação da capital acreana, próximo do Terminal Urbano e dos mercados Aziz Abucater e Elias Mansour. Mas, mesmo com a grande circulação de pessoas, alguns comerciantes já voltaram a vender suas mercadorias no Calçadão Benjamim Constant.

Wermes Mustafa tem uma loja de assistência técnica de celulares e está no local desde a inauguração do empreendimento. Ele diz que, além da diminuição das vendas com a pandemia, alguns lojistas não estão satisfeitos com o valor das taxas que devem ser pagas à prefeitura.

“Devido à pandemia, nosso movimento caiu aqui em 80%. Reivindicamos conversar com o prefeito sobre isso, o que podemos fazer sobre as taxas e o que está acontecendo também, que está faltando desempenho político. Estamos aqui isolados, a maioria das lojas estão falindo'”, lamentou.

Os comerciantes começaram a pagar taxas mensais pelos boxes no início de 2022. A administração do empreendimento, que é feita pela prefeitura, disse que as taxas variam de R$ 267 a R$ 400, dependendo do tamanho do espaço ocupado.

Kennedy Figueiredo tem um loja de variedades e também faz vendas pela internet. Ele reclama da pouca movimentação no primeiro e segundo pisos do shopping.

“O movimento ficou vazio, as lojas não abrem e a prefeitura pega esses pontos fechados e entrega para outros lojistas que estão esperando. E fica nessa, ainda mais com essa taxa que estão cobrando da gente está meio inviável pra gente com um ponto desse tamanho”, criticou.

A costureira Francisca Raul Correia diz que ainda falta incentivo para que os clientes cheguem até o primeiro e segundo piso. “Os clientes vêm aqui muito pouco. Não temos uma divulgação de nada, nada mesmo. Aqui em cima estamos abandonados, tudo fechado, precisamos de alguma pessoa que venha trazer os clientes para cá e não aparece”, afirmou.

 

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