O trecho da BR-364 de aproximadamente 224 quilômetros que ligam Feijó a Sena Madureira está em péssimas condições de trafegabilidade. Essa é a denúncia feita pelo ativista político Francisco Panthio, que recentemente esteve em viagem à região e pode constatar de perto da precariedade.
Em postagem feita na terça-feira (2), Francisco Panthio denunciou as dificuldades enfrentadas por quem precisa usa aquele trecho.
“É um desabafo de quem trafega pela BR-364 e vê ela próximo de fechar! A rodovia mais importante do Acre se encontra abandonada. Uma vergonha sem explicação”, frisou, entre outras coisas.
O ativista afirmou ainda que pessoas que necessitam do trecho para se deslocar de Rio Branco a Cruzeiro do Sul correm o risco de enfrentar dias de isolamento.
“Não sei nem como os ônibus ainda estão dando conta de fazer o trecho porque quando chegam em Cruzeiro ou de volta a Rio Branco já tem que imediatamente irem para o conserto. Nosso medo é que parem de funcionar, pois uma pessoa pobre não consegue pagar uma passagem de avião e isso deixaria as pessoas no isolamento”, diz.
Informações dão conta que a empresa contratada há cerca de 1 ano e meio para dar manutenção no trecho, a MSM, do empresário Jarbas Soster, não teria entregue o serviço com a qualidade exigida.
Em setembro do ano passado, a coordenação do DNIT emitiu uma nota onde afirmava que culpava a empresa contratada pelos supostos erros na execução da obra e afirmava que tomaria as medidas cabíveis. Veja a nota emitida em 22 de setembro de 2021:
Com relação ao andamento dos serviços de manutenção da BR-364/AC – Segmento de Feijó a Sena Madureira, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) esclarece:
– Mesmo após diversos acionamentos formais por parte do DNIT, a empresa atualmente contratada para realização dos serviços de manutenção rodoviária do referido segmento tem se negado a garantir o devido desempenho estabelecido no plano de trabalho.
– A empresa foi várias vezes acionada para retomada dos serviços e adequação do ritmo de obra, sendo alertada das consequências dos mesmos não ocorrerem de acordo com o cronograma previamente acordado, aproveitando a janela climática da região.
– A alegada solicitação de correção dos valores de insumos – eventualmente reajustados pelo mercado – nunca foi negada pelo Departamento. Ocorre que as análises de pedidos de ajustes só podem ser processadas após a devida entrega dos serviços contratados, seguindo a legislação em vigor e os normativos técnicos da Autarquia – praticados nacionalmente.
– Após as diversas tentativas para que o andamento do contrato ocorresse dentro da normalidade e para que questões relacionadas a reajustes seguissem o trâmite legal, observadas as constantes negativas de adequação de ritmo da obra pela empresa, o DNIT procederá com a devida apuração administrativa.
– Por meio de procedimento administrativo, o Departamento deverá apurar a responsabilidade da empresa atualmente contratada, levando em conta o dano já causado pelo atraso no cronograma e a importância do segmento rodoviário entre Feijó e Sena Madureira.
– Paralelamente, o Departamento já atua na elaboração de novos contratos para garantir a trafegabilidade da BR-364/AC no período chuvoso que se aproxima, bem como para melhoria da condição geral de serviço da rodovia, incluindo soluções para as erosões e reconstrução de trechos críticos fortemente impactados por características do solo da região.
– Com o objetivo de adequar a estrada às reais necessidades, o DNIT trabalha nos projetos de reconstrução e restauração dos trechos críticos da BR-364/AC, a serem elaborados até 2022.
– Em razão dos futuros trabalhos de restauração da rodovia apresentarem previsão de soluções mais complexas e valores elevados, o DNIT intensificará as providências para garantir as condições de trafegabilidade da BR-364/AC, mesmo antes da viabilização desses serviços mais estruturais.
Coordenação-Geral de Comunicação Social – DNIT