Ambientalistas cobram fim da especulação imobiliária na APA Lago do Amapá

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

O movimento ambientalista denúncia aumento da especulação imobiliária no entorno da Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago do Amapá. Uma área de 5.208,3269 hectares destinada a preservação permanente vem sendo ocupada indevidamente no entorno do aneviário de Rio Branco.

“Estas ondas de calores que têm crescido na última década, reflete o aterramento destas áreas alagadiças que ficam ao longo da rodovia”, denuncia o ambientalista Claudemir Mesquita.

Desde 2012 que unidade relativa do ar no entorno da capital acreana registra mudanças bruscas. Destacou que o lago do Amapá, com a área alagadiça que fica na margem direita do Rio Acre funciona como um corredor de umidade dos bairros que ficam entre as duas margens do principal manancial que abastece a população rio-branquense.

“A APA do Lago do Amapá é o único santuário que foi preservado no Segundo Distrito, mas que agora está ameaçado pela especulação imobiliária”, lamentou o pesquisador acreano, que luta pela preservação da Bacia do Rio Acre.

Cobra dos órgãos ambientais uma ação mais efetiva, para que os novos loteamentos aprovados naquela região sejam proibidos. Alguns dos moradores da comunidade denunciam que uma parte significativa da área em questão está em fase processo de inventário judicial, pois os herdeiros dos antigos ocupantes comercializaram a sua parte para empresários, ligados ao setor imobiliário que pretendem transformar as áreas adquiridas em loteamentos.
Cobrança – O aterramento indiscriminado e a abertura de açudes vêm mudando a geografia da região, fazendo com que os anti- gos poços artesianos fiquem secos com a chegada do verão.

“O descaso do poder público nas últimas décadas, fez com que a população perdesse as áreas alagadiças do bairro Taquari”, recordou Mesquita.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi) chegou a realizar no ano passado uma oficina para elaboração da proposta do zoneamento da unidade de conservação (UC). A ideia é a conservação do ambiente, com vista ao desenvolvimento socioeconômico, que garanta a sustentabilidade da população tradicional que mora na comunidade. O processo de revisão do plano de manejo da APA do Lago Amapá, contou com a participação dos pesquisadores da Universidade Federal do Acre e do Instituto Federal do Acre (IFAC), mas o problema da especulação imobiliária não entrou na pauta do debate.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp