30 abril 2024

Primeira-dama de Porto Walter diz que foi agredida por vereador e teve arma apontada para sua direção

Redação Folha do Acre

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Ana Flávia disse que levou tapas e teve uma arma de fogo apontada em sua direção pelo vereador e policial civil, José Francisco Da Cruz, após pedir para ele usar máscara

A primeira-dama do município de Porto Walter, Ana Flávia, que também é secretária de Saúde do Município, procurou a delegacia da cidade para denunciar o vereador e policial civil José Francisco Da Cruz (PROS) por agressão ocorrida no último domingo (2) na saída de um posto de saúde.

Segundo boletim de ocorrência registrado por Ana Flávia, contou que pediu para Da Cruz colocar a máscara na unidade de saúde e foi agredia pelo policial.

“O vereador estava sem máscara e eu disse: ‘vereador, meu amigo, a máscara’. Ele olhou para mim e falou: ‘a senhora manda lá na sua secretaria, aqui no estado a senhora não manda’. E eu disse que ele era um cara da lei, um vereador e policial civil. Aí, virei as costas, fui embora para o carro e ele veio atrás de mim. Quando cheguei do lado de fora do hospital, ele ficou pedindo que eu repetisse o que eu tinha dito, pegou o telefone dele e começou a gravar. Ele me bateu com tapas e puxou a arma, estou cheia de marcas no meu pescoço. Depois as pessoas tiraram ele de perto. Fui agredida verbalmente e fisicamente”, acusou.

A primeira-dama conta ainda que foi agredida após procurar a unidade de saúde para levar medicamento para um paciente internado.

Após as agressões, a secretária e primeira-dama do município fez o exame de corpo delito e registrou um boletim de ocorrência. Ela afirmou ainda que teve dificuldades para prestar a queixa contra o vereador, que também é policial.

“Prestei queixa na delegacia, onde fui maltratada por conta dos policiais serem todos amigos dele. Não queriam fazer o registro de jeito nenhum, fiquei quase duas horas esperando. Foi um pavor que eu passei, meu filho viu tudo, fica todo tempo me chamando agora, porque ele viu o cara apontando a arma pra mãe dele, um policial, um vereador, que era pra dar exemplo. Foi um terror que eu passei ali”, desabafou.

O delegado da cidade, Rafael Távora, informou que a investigação dos fatos vai ser feita com “completa imparcialidade” e que ainda nesta segunda-feira (3) deve ouvir todos envolvidos.

A reportagem tentou contato com o policial e vereador Da Cruz, mas não obteve êxito. O espaço fica reservado para os devidos esclarecimentos do parlamentar.

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