O governo do Estado manterá o serviço de distribuição de água nos demais municípios acreanos. A capital acreana conta com ape- nas 18% da rede de esgotamento sanitário, enquanto no interior do estado esse percentual da rede de esgoto é exíguo. “O governo do Estado usará a fonte de recursos próprios, para garantir o fornecimento de água no interior do estado”, revelou Kelly Lacerda, secretária/adjunta da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão do Acre (Seplag).
Por enquanto, o governo do Estado ainda não decidiu se irá realizar novos estudos para identificar se existe a possibilidade de viabilidade da concessão dos serviços de distribuição de água no interior. Quem arrematasse o que restou da empresa estatal não contaria com uma rede de distribuição, com 50 mil residências no estado, mas somente 35 mil imóveis têm hidrô- metros. As empresas ganhadoras das concessões de exploração dos serviços prestados pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), contaria com prazo de 35 anos, para recuperar o dinheiro investido, pois nos primeiros cinco anos precisariam desembolsar a quantia de R$ 439 milhões, mais R$ 600 mi, nos próximos 12 anos.
Apesar da rede de distribuição de água tratada passar por 90% das residências, mas apenas 65% dos domicílios acreanos estão interligados ao sistema de distri- buição, pois 28% dos domicílio contam com poços artesianos ou cacimbões, segundo Pesquisa Na- cional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento apontou que 90% das residências no estado estão interligadas ao sistema de abastecimento, muito embora o estado despontava na 2a colocação, no quesito de disponibilidade de água diária na torneira (com 60,3%).
Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) apontou que o sistema de distribuição precisaria de um aporte de R$ 682 milhões, para garantir a universalização dos serviços de distribuição de água tratada e esgoto no Acre. Sendo a quantia de R$447 milhões para esgotamento sanitário, enquanto para distribuição de água seria necessário um investimento de R$235 mi, por um período de uma década.