Governo federal libera R$ 30 milhões para recuperação de rodovias federais no Acre

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Dnit diz que recurso vai ser aplicado em trecho da BR-364 entre Sena Madureira e Feijó.

O governo federal liberou R$ 30 milhões para restauração de trechos de rodovias federais no Acre danificados pelas chuvas.

O valor destinado para as obras no estado faz parte de um montante de R$ 418 milhões liberados na sexta-feira (21) para 14 unidades da federação que tiveram ativos de infraestrutura federais afetados pelas chuvas.

A liberação do dinheiro foi por meio de uma medida provisória publicada no Diário Oficial da União.

Ao g1, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT-AC) informou que o recurso será aplicado no trecho que mais se degradou com as chuvas deste ano e do ano passado, que é o trecho da BR-364, entre Sena Madureira e Feijó.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, as equipes de campo do Dnit já costumam realizar um trabalho de levantamento de danos rodoviários. Com isso, tem condições também de definir os locais que terão preferência nessas obras.

Ainda segundo o ministério, terão prioridade rodovias com declive mais acentuado, inundações de rios parcialmente canalizados, áreas rebaixadas com drenagem deficiente, além de deslizamentos de terras pontuais.

Em meio à má condição da principal rodovia do Acre, a BR-364, o DNIT-AC decidiu aplicar uma multa de mais de R$ 1,6 milhões contra a empresa contratada para fazer a manutenção da rodovia.

No início de setembro do ano passado, taxistas fecharam a via na ponte do Ciência, quilômetro 2, na saída de cidade de Feijó, no interior do Acre. A categoria reivindicava reparos na rodovia. O representante da categoria disse ainda que a maior preocupação não era com a situação atual, mas sim com o período chuvoso que deve agravar a situação. O tempo de viagem pela rodovia chegou a dobrar.

Audiência pública

Por conta da situação precária da rodovia, com muitos buracos que, muitas vezes, apresentam perigo aos motoristas, os deputados acreanos chegaram a fazer uma audiência pública no dia 21 de setembro do ano passado para cobrar os trabalhos que estão sendo feitos na estrada.

Na época da audiência, em nota assinada pelo superintende Carlos Moraes, o Dnit disse que a empresa contratada para realização dos serviços de manutenção rodoviária tem se negado a garantir o devido desempenho estabelecido no plano de trabalho.

Além disso, o Dnit diz que já atua na elaboração de novos contratos para garantir a trafegabilidade da BR-364 no período chuvoso, como melhoria da condição geral de serviço da rodovia, incluindo soluções para as erosões e reconstrução de trechos críticos fortemente impactados por características do solo da região. Alega também que trabalha nos projetos de reconstrução e restauração dos trechos críticos da BR a serem elaborados até 2022.

O empresário Jarbas Soster fez uma apresentação em slides na audiência mostrando as condições da estrada antes dos serviços de manutenção serem realizados. Porém, as empresas contratadas para a manutenção da rodovia destacam que esses reparos só resolvem o problema de forma paliativa.

Viagem difícil

A viagem entre a capital acreana, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, que tem uma distância estimada de mais de 600 quilômetros, ainda é um desafio devido aos muitos buracos e erosões na pista.

O trajeto pela BR-364, que corta alguns municípios, como Sena Madureira, Feijó, Tarauacá e Manoel Urbano, até chegar a Cruzeiro do Sul, geralmente é feito em um período de 10 horas, mas, com as condições da pista ruim em boa parte da rodovia, a viagem pode durar até 14 horas, ou seja, 4 horas a mais do que o normal.

Com a situação crítica durante o verão, a estrada tem maiores problemas na época do inverno. Neste ano, no mês de fevereiro, a BR chegou a ficar quatro dias interditada, e passou por intervenções de elevação depois que as águas do igarapé Cajazeiras invadiram a pista durante a enchente dos Rios Iaco e Caeté, no quilômetro 280.

Após dois meses, o tráfego no trecho de aproximadamente 100 metros foi interrompido novamente no para retirada do aterro de pedras colocado no local em fevereiro.

Por G1

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