Dono da Itapemirim é acusado de abrir empresa com CPF de trabalhador rural do Acre

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O Jornal Folha de São Paulo publico reportagem que aponta que o empresário Sidnei Piva, à frente do grupo Itapemirim, que controla a ITA, empresa aérea cuja operação foi suspensa na sexta-feira (17), teria usado o CPF de um produtor do Acre para abrir uma empresa.

Segundo o jornal, Sidnei Piva tem uma trajetória marcada por acusações de contratos não cumpridos e processos judiciais.

A própria relação com os ex-controladores da Itapemirim, companhia conhecida pelo transporte rodoviário e que se aventurou na aviação em junho deste ano, é tumultuada e ainda não está pacificada na Justiça.

Procurada pela reportagem, a Itapemirim não respondeu aos pedidos, feitos desde a tarde de quarta-feira (22).

O início da relação entre Sidnei Piva e as empresas do grupo Itapemirim data de meados de 2016, poucos meses depois da apresentação do plano de recuperação judicial pelos então controladores da família Cola, em março daquele ano.

Com a alegação de possuir direitos de créditos tributários a receber da ordem de R$ 5 bilhões à época, que só poderiam ser utilizados por meio da compra de uma empresa com dívidas bilionárias em balanço, Piva acertou a transferência das empresas do grupo, mediante determinadas cláusulas contratuais.

Cláusulas essas que nunca foram cumpridas, afirma Olavo Chinaglia, do escritório Chinaglia Oliveira Advogados, que representa a família Cola no processo de recuperação judicial.

“A família Cola informa que foi vítima do empresário Sidnei Piva, que inadimpliu cláusulas contratuais no momento da venda das empresas, e que vem alertando ao Judiciário em suas instâncias, a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] e demais entes públicos sobre a inviabilidade econômicaoperacional da subsidiária aérea do grupo, bem como os desvios de recursos para pagamento de credores que impulsionou a criação da referida empresa, o que infelizmente não foi dada a atenção devida”.

“Hoje nada mais me assusta. O que mais assustou foi ele ter aberto uma empresa com o CPF de um trabalhador rural do Acre. Entendi que estávamos lidando com uma pessoa com grande capacidade de enganar os outros”, diz Paulo Marcos Adame, presidente da associação de credores.

Com informações da Folha de São Paulo

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