O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), prometeu no último dia 17 que a empresa Ricco, que atua em São Paulo e no Rio de Janeiro, traria 51 ônibus para atuarem temporariamente no transporte coletivo, porém, até esta quarta-feira (26), apenas oito veículos haviam chegado à capital acreana.
O próprio prefeito publicou um vídeo nas redes sociais mostrando alguns ônibus saindo da garagem da empresa com destino ao Acre. Bocalom disse que a frota com os 51 veículos chegaria aqui até o dia 24, mas isso não aconteceu.
“Recebi da empresa RICCO TRANSPORTES que está vindo para Rio Branco assumir parte do sistema de transporte coletivo, que já saíram de São Paulo e do Rio de Janeiro um total de 30 ônibus seminovos, sendo 20 com ar-condicionado e 10 sem, dos 51 que serão enviados e que chegarão aqui até a próxima segunda-feira”, escreveu.
Os únicos oito ônibus que chegaram estão estacionados numa garagem localizada na Via Chico Mendes e poussuem placas de Mauá, cidade do interior de São Paulo. Os veículos são velhos e apenas a pintura se diferecia dos que já circulam nos bairros de Rio Branco.
MP/AC SOLICITA INFORMAÇÕES
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor, requisitou informações à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (RBTrans), com o objetivo de averiguar a crise do transporte coletivo da capital acreana.
A promotora de Justiça Alessandra Garcia Marques, deu o prazo de 10 dias para que as informações sejam remetidas ao órgão ministerial.
O MP quer saber a origem dos ônibus trazidos para amenizar a crise na cidade, com apresentação dos certificados de registro e licenciamento de veículo (CRLV), bem como documentos que comprovem a legalidade da empresa que os adquiriu para prestar o serviço e se houve licitação.
