“Acorrentando da Civil” desiste de candidatura a deputado após sofrer ataques racistas

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Jorge Orleanes, 24 anos, integrante do cadastro de reserva da Polícia Civil, decidiu desfilar do partido do Cidadania no Acre, onde, supostamente, disputaria as eleições para o cargo de deputado estadual.

Diante desse cenário tomei a decisão de me desfiliar imediatamente do partido e voltar para Cruzeiro do Sul, para junto da minha família, que são quem verdadeiramente sempre esteve e sempre estará comigo. Eu jamais quis ofender alguém, quero agradecer a todos que apoiaram e estiveram do meu lado”, disse.

Jorge contou que foi vítima de atos preconceituosos por decidir entrar na política.”Nas últimas horas, após o meu ato de filiação recebi muitas mensagens, entre elas de apoio, mas a maioria são críticas ou ofensas racistas, mensagens essas que chegaram também à minha família. Quero deixar claro que nunca fui político e que o meu ato de acorrentamento não foi politicagem, o acorrentamento foi um movimento independente e autêntico com o objetivo de resgatar as promessas do governo de convocar os aprovados da polícia civil, cheguei a esse ato porque não via mais solução para que pudesse ser convocado para a Polícia Civil, não há nenhum político ou partido por trás da ação, era só eu, e aos poucos fui recebendo o apoio de outras pessoas do Cadastro de Reserva da Polícia Civil e da sociedade.

Segundo ele, enquanto estava acorrentado participou de uma reunião na Casa Civil, onde na ocasião o secretário da Seplag, Ricardo Brandão, foi bem claro ao dizer que não havia a possibilidade de ser convocado, que só tinha vaga para mais 24 candidatos “Ele que eu era jovem e deveria viver a minha vida, como ele disse eu tinha sido a única pessoa que tinha parado a minha vida para ficar ali, houve muitas pessoas que tiraram algumas horas do dia pra ficar do meu lado e eu sou muito grato a elas”.

Ao sair da reunião decidi pôr fim ao ato de acorrentamento, Jorge recebeu o contato do Leandro Costa, pré-candidato ao senado para conhecer o partido Cidadania e se filiar “Não sou de política, sou da zona rural de Cruzeiro do Sul, mas vi uma chance de mudar toda a injustiça que estava sendo feito com o cadastro de reserva, todas as promessas feitas pelo governador e que não foram cumpridas, principalmente diante da frustração politica que estou vivendo decidi me filiar para conhecer mais de perto a política, não me coloquei como pré candidato, como foi divulgado, foi somente uma especulação durante o preenchimento da ficha de filiação. Queria entender um pouco desse processo, não imaginava naquele momento que qualquer ação tomada por mim iria afetar diretamente o cadastro de reserva, pensei que era uma ação isoladamente minha, estava vivendo a minha vida, mas percebi o pior lado da política, o julgamento das pessoas que não te conhecem, as palavras fortes, as opiniões negativas, e que não condiz com a minha pessoa.

Percebi que fui acorrentado nas promessas do governador e agora vejo que não posso fazer nada que serei julgado”, comentou.

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