Segundo as investigações, o esquema criminoso consistia na criação de empresas em nome de “laranjas”, ainda na década de 80, que por meios fraudulentos, sonegou o valor milionário
A Polícia Civil do Estado do Acre, por meio do Grupo de Enfrentamento aos Crimes Contra Ordem Tributária (GECOT) e da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), deflagraram nesta segunda-feira, 20, a primeira fase Operação Sinfonia, que visa desarticular uma associação criminosa que causou prejuízo aproximado de R$ 30 milhões aos cofres públicos do Acre, por meio de fraudes e sonegação fiscal.
Segundo as investigações, o esquema criminoso consistia na criação de empresas em nome de “laranjas”, ainda na década de 80, que por meios fraudulentos, sonegou o valor milionário. As investigações começaram no ano de 2017 pelo setor de inteligência da Sefaz e, posteriormente, com a criação do Gecot, a Polícia Civil passou a implementar esforços com o início das investigações criminais.
Na primeira fase da operação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de sequestro de bens, que resultaram na apreensão de R$ 207.908,50, 14 veículos entre Caminhões, Vans, SUV’s e carros de passeio, além da apreensão de todo estoque de mercadorias que estavam em um depósito atacadista avaliado em mais de R$ 5 milhões.
De acordo com o Delegado-Geral de Policia Civil, Josemar Portes, o crime de sonegação fiscal interfere diretamente na aplicação de recursos em politicas publicas nos eixos da educação, saúde e segurança.
“É sempre importante ressaltar que isso é dinheiro que deixa de ser aplicado na saúde, na educação, no saneamento básico. Essa ação visa garantir que o governo do estado tenha mais condições de investir em obras e serviços e proteger o erário público”, finalizou Portes.
Para o Diretor de Administração Tributaria da SEFAZ, Cloves Monteiro, o trabalho integrado gera resultados positivos na proteção do erário publico.
“A Secretaria da Fazenda trabalha de forma integrada com a Policia Civil na cooperação de informações que possibilitam a identificação desses maus empresários que dão prejuízo ao estado fraudando o fisco. Novas empresas foram abertas em nome de pessoas próximas ao investigado que por sua vez as usava para sonegar impostos causando prejuízo milionário aos cofres públicos”, destacou Monteiro.
A Polícia Civil também realizou a apreensão de computadores e documentos contábeis que serão remetidos à perícia para análise de arquivos eletrônicos e documentos físicos como: notas fiscais, pagamentos e recebimentos, depósitos bancários e outros.
Assessoria