Mãe acusa polícia de tentativa de execução contra filho foragido; polícia diz que ação ocorreu dentro da lei

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A empreendedora Suzana Maia da Silva, 34 anos, acusa a Polícia Civil de abuso de poder e tentativa de execução, durante uma ação policial realizada na noite de sábado, 4, que terminou com seu filho, Luis Fernando Maia de Souza, de 22 anos, alvejado com três tiros. O caso ocorreu na rua Santa Inês, entre os bairros Tropical e Aviário, na capital acreana.

O jovem, que conforme registros do Tribunal de Justiça do Acre possui passagem pela polícia pelos crimes de estelionato e roubo majorado, está internado em estado grave, em uma unidade de saúde de Rio Branco, pois teria tido o fígado perfurado, perdeu um rim e o baço, segundo a família.

“Meu filho errou por se envolver em crime de estelionato, nenhum outro, mas que fosse preso, e não ter sofrido tentativa de execução, sem a mínima defesa, por agentes de segurança do estado, pagos para garantir segurança”, diz a mãe, Suzana Silva.

Um vídeo enviado à reportagem pela mãe mostra o momento em que o carro em que estava o jovem é parado, durante a ação policial. As imagens são de uma câmera de segurança da região e, embora não muito nítidas, registram o momento em que os policiais retiram as duas pessoas para fora do carro, rendem e apontam as armas para os ocupantes do veículo.

A polícia obrigou as pessoas que gravaram a ação covarde contra meu filho a apagarem as imagens de seus celulares, quando eles atiraram para matar o Fernando, mas eu consegui imagens que mostram eles atirando no meu filho deitado no chão”, acusa Suzana.

Ela alega que o filho não estava armado, não trocou tiros com a polícia e que houve excesso na ação e diz que pretende acionar o Ministério Público do Estado (MPE) para pedir que a escolta do filho dela seja feita por policiais militares e não por civis que, segundo ela, são os mesmos policiais que participaram da ação ocorrida no sábado. A mãe também irá à Corregedoria da Polícia Civil, para denunciar que o filho foi vítima de uma tentativa de execução e não de uma reação à prisão, e também ao Conselho Regional de Medicina, segundo ela pela negativa da médica de repassar informações sobre o estado de saúde do filho.

O que diz a Polícia Civil

À reportagem do site A Gazeta do Acre, a Polícia Civil informou, por meio da assessoria, que o jovem teria tentado atropelar os policiais no veículo em que estava, durante a tentativa de fuga, e que, por isso, os policiais atiraram para tentar conter o veículo. Segundo a assessoria, toda a ação ocorreu dentro do que determina a lei.

Além disso, a polícia destacou que a família está em seu direito de acionar a corregedoria para que apure os fatos. “A Polícia Civil faz o trabalho dela e não houve excesso, até porque ele é foragido procurado pela Justiça por vários crimes, inclusive homicídio”, disse a Polícia Civil.

Fonte: A Gazeta do Acre

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