O deputado Luiz Gonzaga (PSDB), primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Acre, segue no estado do Pará visitando plantações de açaí, acompanhando o processo de manejo da fruta e debatendo incetivos para a cadeia produtiva do açaí no estado do Acre.
Nesta segunda-feira (6), Gonzaga esteve na sede da Empraba, em Belém, onde acompanhou uma apresentação por parte dos especialistas sobre técnicas usadas no estado para alavancar a safra de açaí na região.
Para ser ter uma ideia, o Pará é responsável por 95% da produção de açaí de todo o território brasileiro. O estado produz cerca de 1,6 milhão de toneladas por ano e movimenta cerca de R$ 5 bilhões com geração de renda com a comercialização do suco e polpa da fruta.
Participaram também da agenda na Emprapa os deputados Jenilson Leite (PSB), Marcos Cavalcante (PSDB), prefeito de Feijó, Kiefer Cavalcante, secretário de Meio Ambiente de Rio Branco, Normando Sales, secretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico de Rio Branco, Eracides Caetano, e a vereadora de Feijó, Cléo.
De acordo com Luiz Gonzaga, a agenda no Pará tem sido importante para conhecer de perto novas técnicas de manejo e produção do açaí e para buscar investimentos junto ao Banco da Amazônia (BASA) para o setor agrícola do Acre.
“Já estivemos no BASA tratando sobre linhas de créditos para produtores de açaí no Acre e agora acompanhamomos na Embrapa o segredo do sucesso na produção e venda de açaí no Pará. Queremos levar essa fórmula que gera bilhões de reais em renda para o nosso estado e ajudar milhares de produtores rurais”, disse o deputado.
Acre precisa plantar novas espécies e aumentar ciclo da produção
O engenheiro agrônomo da Embrapa, Antônio Leite, explica que o Pará lidera a produção de açaí no Brasil porque tem um perído de safra maior que outros estados e uma área plantada bem acima de outras regiões. Ele conta que o estado produz pelo menos duas espécies de açaí e não somente uma como o Acre.
Para Antônio, o Acre precisa estender o perído de safra e investir em novas espécies para poder se tornar um grande produtor e exportador de açaí.
“O correto seria que o Acre cultivasse as duas espécies de açaí que o Pará usa atualmente, que é a oleracea e a euterpe precatoria. No Acre, é plantada apenas a precatoria, por isso essa diferença na safra”, disse o engenheiro.